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Zagueiro era quinta opção e virou referência no Botafogo após empréstimo

Igor Rabello esperou oportunidade e assumiu titularidade do Botafogo após 2 anos - Vitor Silva/SSPress/Botafogo
Igor Rabello esperou oportunidade e assumiu titularidade do Botafogo após 2 anos Imagem: Vitor Silva/SSPress/Botafogo

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

02/09/2017 04h00

Igor Rabello subiu para os profissionais durante a temporada de 2015. Naquele ano, o Botafogo passava por sérias dificuldades e tinha como principal objetivo retornar à elite do futebol nacional. O zagueiro sequer teve oportunidade de entrar em campo, já que era a quinta opção para o setor.

No ano seguinte, os companheiros mudaram, mas a falta de oportunidade permaneceu. Foram apenas dois jogos com a camisa do Botafogo, que decidiu emprestá-lo ao Náutico para a disputa da Série B. No time pernambucano, Rabello finalmente teve a oportunidade de fazer o que sabe e mudou de status.

Um dos destaques do Náutico, marcou dois gols nos 15 jogos em que atuou. Foi no time pernambucano que ele maturou e ganhou a experiência necessária para voltar ao Botafogo totalmente diferente.

Na atual temporada, Igor precisou de uma oportunidade para se firmar no time titular ao lado de Joel Carli. Com Emerson Santos afastado após a decidão de não renovar com o Botafogo, Rabello assumiu o lugar no time. Marcelo, outro que poderia brigar por uma vaga, tem costume de jogar pela direita e, por isso, ficou na reserva imediata de Carli.

Emerson Silva ainda foi utilizado em alguns jogos, mas o bom desempenho do defensor de 22 anos fez com que Jair Ventura não tivesse mais medo de usá-lo em momentos decisivos. "Muito importante ter uma Libertadores. Estava no Náutico, me preparei para poder jogar. Esperei o momento, agora estou jogando. Outros jogaram, agora eu estou. Espero poder manter essa regularidade. Focar no objetivo da Libertadores", disse Rabello.

Além do bom desempenho, o que chama atenção no zagueiro é a personalidade. Comunicativo, ele se impõe perante os adversários. Não deixou, por exemplo, um atacante experiente como Guerrero tomar conta do pedaço. Apesar da diferença de idade, deixou claro que não haveria qualquer tipo de imposição por parte do peruano. Nem física, muito menos psicológica. Apesar da eliminação do Botafogo na Copa do Brasil, saiu em alta do confronto e com a torcida, firmando-se ainda mais no time.