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Conselho do Inter se reúne para analisar sindicância de contas de Piffero

Gestão de Vitório Piffero, entre 2015 e 2016, gerou sindicância interna sobre finanças - Rafael Cabeleira/Divulgação
Gestão de Vitório Piffero, entre 2015 e 2016, gerou sindicância interna sobre finanças Imagem: Rafael Cabeleira/Divulgação

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

05/09/2017 04h00

'Sumiu' ou não dinheiro? Para onde ele foi? Quem e como serão punidos? São perguntas que o Internacional irá debater a partir desta terça-feira. Depois de desaprovar as contas da gestão passada, o clube instaurou uma sindicância que demorou três meses para construir um diagnóstico detalhado da situação financeira atual. E a análise acontecerá no Conselho Deliberativo nesta terça-feira (05).

Convocada em caráter extraordinário pelo presidente Sérgio Juchem, a reunião dos conselheiros do clube começa às 19h30 no Centro de Eventos do estádio Beira-Rio. E o tema central será o relatório que promete abalar as estruturas do Inter.

Segundo publicou o jornal Correio do Povo na última semana, o Internacional teria destinado R$ 9 milhões a cinco empresas do ramo de construção civíl. Todas elas, porém, respondem pelo mesmo número de telefone, têm endereços em comum e são atendidas pelo mesmo escritório de contabilidade.

A 'coincidência' gerou repercussão gigantesca. Internamente, há quem acuse a gestão passada de desvio de dinheiro. Mas tudo será detalhado a partir da reunião desta terça, sob regime de portas fechadas.

Até então em silêncio, o ex-presidente Vitório Píffero é aguardado ansiosamente para explicar tais investimentos. Os apoiadores do antigo mandatário usam o termo 'descuido' para se referir aos gastos desnecessários e se negam a falar publicamente. Além disso, para eles o vazamento de informações teve motivação política.

De toda forma, o radar já estava ligado a partir do momento que as contas da gestão anterior do clube foram reprovadas pelo Conselho Fiscal. Em abril, a reportagem do UOL Esporte informou que houve falhas graves cometidas entre 2015 e 2016 pelo Inter. Foi quando a empresa Ernst & Young foi chamada para estabelecer o relatório de mais de 300 páginas, que foi entregue no fim do mês passado e servirá de base para a análise de momento.

O atual presidente, Marcelo Medeiros, chegou a convocar uma entrevista coletiva para falar do drama encontrado por ele no que diz respeito ao poder de investimento do Inter. As demandas do Conselho irão, também, aferir culpa e determinar os próximos passos necessários na conclusão da análise financeira.