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Possível título da Copa do BR vira arma da situação na política do Cruzeiro

Gilvan, presidente do Cruzeiro, espera que um possível título ajuda a situação no pleito - © Washington Alves/Light Press/Cruzeiro
Gilvan, presidente do Cruzeiro, espera que um possível título ajuda a situação no pleito Imagem: © Washington Alves/Light Press/Cruzeiro

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

05/09/2017 04h00

Gilvan de Pinho Tavares sonha com o título da Copa do Brasil para fechar com chave de ouro a gestão à frente do Cruzeiro. Além de aumentar a coleção de troféus e engordar a conta bancária do clube - o campeão fatura R$ 11,6 milhões -, ele espera que o fato ajude também na eleição de seu sucessor à presidência.

Embora seja popular e influente no Conselho, o dirigente da Raposa teme que a oposição - apoiada por Zezé Perrella e César Masci - vença o pleito marcado para 2 de outubro. Por isso, aposta as suas fichas no torneio nacional. O empresário Wagner Pires de Sá, de 76 anos, é o candidato da situação, enquanto o advogado Sérgio Santos Rodrigues o opõe na briga pelo cargo.

O atual cenário é favorável ao concorrente apoiado por Zezé Perrella. A maioria dos eleitores deseja uma mudança na forma de gestão do clube. Um grupo de conselheiros ouvido pelo UOL Esporte crê que Sérgio Rodrigues deve vencer a disputa com certa vantagem.

Bicampeão brasileiro em 2013 e 2014, Gilvan de Pinho Tavares imagina que uma vitória na final da Copa do Brasil, decidida em 27 de setembro próximo, no Mineirão, será suficiente para eleger o seu candidato ao cargo.

Os resultados recentes - ausência da luta por títulos de expressão em 2015 e 2016 - e o apoio de dois ex-presidentes ao opositor são fatos que explicam a impopularidade de Wagner de Sá Pires em relação a Sérgio Santos Rodrigues.

A cúpula teme também que o recente problema pessoal do empresário atrapalhe nos planos de disputa da eleição presidencial da Raposa. O economista foi flagrado dirigindo com sinais de embriaguez na região Centro-Sul de Belo Horizonte e acabou detido pela Polícia Militar de Minas Gerais (PM-MG).