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Flu troca resultados na base por formação completa de seus jogadores

Lateral Léo e volante Wendel passaram pelo plano de carreira do Fluminense - Lucas Merçon/Fluminense F.C
Lateral Léo e volante Wendel passaram pelo plano de carreira do Fluminense Imagem: Lucas Merçon/Fluminense F.C

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

06/09/2017 04h00

Conhecido por ter uma das bases que mais revela no Brasil, o Fluminense adotou um lema apregoado por muitos, mas levado adiante por poucos: formação é mais importante do que títulos nas categorias inferiores.

Em nome do que o Fluminense batizou como "plano de carreira", o time sub-20 do clube, último degrau até o time profissional, está "desfalcado" de 19 jogadores que poderiam integrar a equipe. Nomes como Wendel e Douglas, por exemplo, são destaques no time principal. Outros atletas ainda não muito conhecidos estão emprestados a times nacionais e internacionais.

Com esta opção, o Tricolor não vence uma competição de peso na categoria desde 2015, quando levantou o Campeonato Brasileiro. Apesar da escassez de troféus, a equipe sub-20 ainda está viva na edição deste ano, embora apresente uma campanha irregular. Esses tropeços não mudam a filosofia no clube, que está certo que deve apostar no desenvolvimento de seus atletas para que estes cheguem aos profissionais mais completos do que os concorrentes dos outros clubes.

"Priorizar a formação não quer dizer que vamos abandonar as chances de buscar títulos na base. Mesmo com um time mais novo do que os outros, estamos na disputa do principal torneio de base do Brasil. Cobramos muito dos meninos, queremos colocar neles o DNA de Xerém, a alma do Fluminense e isso também passa por títulos e grandes vitórias, mas nunca sem esquecer que o mais importante é desenvolver o jogador da melhor maneira possível", disse Marcelo Veiga, coordenador técnico da base do Fluminense.

Para ilustrar o objetivo final, Veiga lembra que o Tricolor soma 11 jogadores no grupo principal que fizeram parte deste projeto elaborado nas Laranjeiras. E o plano é que este número só cresça com o passar do tempo:

"É claro que ganhar é muito bom, é importante e está no DNA do Fluminense, mas o nosso principal objetivo, em Xerém, é revelar os jogadores para o primeiro time. Nosso título é ver o Wendel, o Scarpa, o Wellington Silva, o Douglas, o Calazans e tantos outros ajudando o Fluminense na briga pela vaga na Libertadores do ano que vem. Queremos vencer e ser campeões? Sempre, somos o Fluminense, mas o principal é a formação".

Enquanto os novos rostos ainda buscam seu lugar ao sol, os jogadores voltam aos treinos sob o comando de Abel Braga. De olho no Vitória, adversário do próximo domingo, no Barradão, os tricolores treinam nesta tarde no Centro de Treinamento Pedro Antonio. 

Tricolores emprestados ou cedidos ao profissional:

Bernardo (meia) - STK Fluminense Samorin
 
Breno Caetano (lateral direito) - Boavista
 
Gabriel Silveira (lateral direito)  - Fluminense Samorin
 
Guilherme (volante) - Boavista
 
Schutz (atacante) - Fluminense Samorin
 
Paulinho (meia) - Sporting-POR
 
Jobson (zagueiro) - Boavista
 
Nascimento (volante) - Fluminense Samorin
 
Wisney (lateral direito) - Fluminense Samorin
 
Patrick (atacante) - Boavista
 
Ruan (atacante) - Boavista
 
Ayrton (lateral esquerdo) - Londrina
 
Ibañez (zagueiro) - Fluminense
 
Mascarenhas (lateral esquerdo) - Fluminense
 
Wendel (volante) - Fluminense
 
Douglas (volante) - Fluminense
 
Patrick Luan (atacante) - Fluminense
 
Pedro (atacante) - Fluminense
 
Felipe (atacante) - Fluminense