Flu troca resultados na base por formação completa de seus jogadores
Conhecido por ter uma das bases que mais revela no Brasil, o Fluminense adotou um lema apregoado por muitos, mas levado adiante por poucos: formação é mais importante do que títulos nas categorias inferiores.
Em nome do que o Fluminense batizou como "plano de carreira", o time sub-20 do clube, último degrau até o time profissional, está "desfalcado" de 19 jogadores que poderiam integrar a equipe. Nomes como Wendel e Douglas, por exemplo, são destaques no time principal. Outros atletas ainda não muito conhecidos estão emprestados a times nacionais e internacionais.
Com esta opção, o Tricolor não vence uma competição de peso na categoria desde 2015, quando levantou o Campeonato Brasileiro. Apesar da escassez de troféus, a equipe sub-20 ainda está viva na edição deste ano, embora apresente uma campanha irregular. Esses tropeços não mudam a filosofia no clube, que está certo que deve apostar no desenvolvimento de seus atletas para que estes cheguem aos profissionais mais completos do que os concorrentes dos outros clubes.
"Priorizar a formação não quer dizer que vamos abandonar as chances de buscar títulos na base. Mesmo com um time mais novo do que os outros, estamos na disputa do principal torneio de base do Brasil. Cobramos muito dos meninos, queremos colocar neles o DNA de Xerém, a alma do Fluminense e isso também passa por títulos e grandes vitórias, mas nunca sem esquecer que o mais importante é desenvolver o jogador da melhor maneira possível", disse Marcelo Veiga, coordenador técnico da base do Fluminense.
Para ilustrar o objetivo final, Veiga lembra que o Tricolor soma 11 jogadores no grupo principal que fizeram parte deste projeto elaborado nas Laranjeiras. E o plano é que este número só cresça com o passar do tempo:
"É claro que ganhar é muito bom, é importante e está no DNA do Fluminense, mas o nosso principal objetivo, em Xerém, é revelar os jogadores para o primeiro time. Nosso título é ver o Wendel, o Scarpa, o Wellington Silva, o Douglas, o Calazans e tantos outros ajudando o Fluminense na briga pela vaga na Libertadores do ano que vem. Queremos vencer e ser campeões? Sempre, somos o Fluminense, mas o principal é a formação".
Enquanto os novos rostos ainda buscam seu lugar ao sol, os jogadores voltam aos treinos sob o comando de Abel Braga. De olho no Vitória, adversário do próximo domingo, no Barradão, os tricolores treinam nesta tarde no Centro de Treinamento Pedro Antonio.
Tricolores emprestados ou cedidos ao profissional:
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