Topo

Como é disputar lugar com os dois melhores do mundo? Ex-Grêmio conta

Wendell é titular do Bayer Leverkusen e está no radar da seleção - JONAS GUTTLER/AFP
Wendell é titular do Bayer Leverkusen e está no radar da seleção Imagem: JONAS GUTTLER/AFP

Bruno Doro

Do UOL, em São Paulo

08/09/2017 04h00

Wendell é lateral esquerdo do Bayer Leverkusen, da Alemanha. Na última rodada da Bundesliga, foi considerado o melhor de sua posição, após marcar um gol no empate por 2 a 2 com o Hoffenheim. Qualquer seleção analisaria com cuidado suas credenciais para disputar uma Copa do Mundo. No Brasil, porém, ele está atrás na lista.

"Eu sei que, hoje, é difícil. Os dois melhores laterais do mundo estão na seleção brasileira. Sempre fui um fã do Marcelo e, quando tive a oportunidade de treinar com o Filipe Luis, pude ver por que ele é tão admirado na Espanha. Na minha opinião, ele é o jogador perfeito. Ataca e defende com perfeição. Hoje, estou atrás deles", admite o cearense, revelado pelo Grêmio de Renato Gaúcho em 2014.

Não que ele não tenha tido chances. Quando Marcelo se machucou no final do ano passado e foi cortado da seleção que enfrentou Bolívia e Venezuela pelas Eliminatórias, ele foi o escolhido. Já nos amistosos de junho, na Austrália, quando Marcelo foi poupado, o convocado foi outro: Alex Sandro, da Juventus.

"Essa competição é positiva. Eu lembro que, quando era garoto ainda, todos diziam que o Brasil só tinha o Roberto Carlos para a seleção. Hoje, além do Marcelo e do Filipe Luís, temos o Alex Sandro jogando bem, o Alex Telles no Porto, o Guilherme Arana no Corinthians. São quatro ou cinco que podem corresponder se necessário. Por isso, o importante é estar preparado para quando a oportunidade surgir. Agora ou no ciclo da próxima Copa", fala.

Até lá, o objetivo de Wendell é melhorar o Leverkusen. O time, um dos mais constantes da Bundesliga nos últimos anos, atrás de Bayern de Munique e Borussia Dortmund, vem de sua pior temporada em 14 anos, com o 12º lugar. Além disso, perdeu seus dois principais jogadores, o mexicano Chicharito Hernandez, que foi para o West Ham, e o turco Hakan Çalhanoglu, contratado pelo Milan.

"O time está de técnico novo, perdeu algumas peças, mas segue forte. Mais importante é que, como não terminamos tão bem na temporada passada, só teremos um torneio pela frente agora. Ou melhor, dois: a Bundesliga e a Copa da Alemanha. Teremos mais gás para o final da temporada, que é quando tivemos mais dificuldades no passado. Podemos melhorar muito".

Até agora, as coisas não estão perfeitas. Na estreia, o rival foi o poderoso Bayern de Munique: derrota por 3 a 1. Depois, veio o empate com o Hoffenheim. A equipe é apenas a 14ª entre 18 times no campeonato.