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Conselho deliberativo do Atlético-MG aprova a construção do estádio

Enrico Bruno e Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

18/09/2017 14h37

Não era nem 15h quando o ex-presidente do Atlético-MG e atual prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, votou sim pela construção do estádio do clube. O voto do antigo mandatário foi decisivo, foi o de número 260, atingindo o mínimo necessário para o projeto feita pela diretoria ser aprovado.

Alexandre Kalil, ex-presidente do Atlético-MG, durante votação do projeto para o estádio do Galo - Bruno Cantini/Atlético-MG - Bruno Cantini/Atlético-MG
Alexandre Kalil, ex-presidente do Atlético-MG, durante votação do projeto para o estádio do Galo
Imagem: Bruno Cantini/Atlético-MG

Como dois terços dos conselheiros do clube votaram sim, o clube parte para a construção do estádio, que vai ser chamado de Arena MRV, empresa que vai pagar R$ 60 milhões pelos naming rights, com contrato de dez anos e prorrogável por mais cinco.

Antes mesmo de a aprovação acontecer, os torcedores na porta da sede administrativa do clube já comemoravam. Fogos de artifícios e cantos que deixaram o ambiente com o mesmo clube de um dia de jogo de futebol. No embalo, quem passava de carro pela Avenida Olegário Maciel, em Lourdes, buzinava e aumentava a festa.

Apesar de ter atingido o número o número mínimo de votos para a aprovação do projeto, a eleição segue até 21h. Somente a partir deste horário que o resultado vai ser considerado oficial pelo conselho deliberativo oficial do Atlético.

Como levantar um estádio com recursos próprios

Muitos torcedores passaram o dia na porta da sede do Atlético-MG - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
Muitos torcedores passaram o dia na porta da sede do Atlético-MG
Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Após fazer um projeto, o Atlético consultou algumas construtoras em busca de orçamento. Inicialmente a obra seria para um estádio com mais de 50 mil lugares, shopping e um centro de convenções. O orçamento bateu em R$ 600 milhões. Foi preciso refazer o projeto dentro de um valor estipulado pela diretoria.

Assim, o shopping e o centro de convenções não serão construídos neste primeiro momento. A capacidade do estádio foi reduzida para 41,8 mil lugares, assim com as vagas de estacionamento. O novo orçamento foi de R$ 410 milhões, que o clube pretende levantar com a venda de parte do Diamond Mall (50,1% por R$ 250 milhões), shopping que pertence ao Galo e está localizado na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Assim como a negociação dos naming rights (já acertados com a MRV) e venda de 4,7 mil cadeiras cativas, por R$ 25 mil cada. Além de pagar pelo nome do estádio, MRV doou o terreno para o clube mineiro.

Para garantir que a obra não fique mais cara do foi orçada, o Atlético vai fechar um contrato com Preço Máximo Garantido (PMG). Assim, o clube garante o valor limite para ser gasto na obra. Caso o valor fique acima dos R$ 410 milhões acordados, esse acréscimo será garantido pela construtora.

Outra garantia que o clube vai tomar é a contratação de um seguro. Caso aconteça algum problema com a empreiteira que fora escolhida para construir o estádio, a conclusão da obra seria garantida por esse seguro.