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Egídio comemora volta por cima no Palmeiras, mas deixa futuro em aberto

José Edgar de Matos

Do UOL, em São Paulo (SP)

09/10/2017 17h53

Recuperado depois de um período traumático, consequência de atuações ruins e o pênalti perdido na eliminação do Palmeiras na Copa Libertadores da América, o lateral esquerdo Egídio se enxerga em um novo momento. Apesar de ressaltar a própria volta por cima, o camisa 6 se mostra cauteloso em relação ao próprio futuro na Academia de Futebol.

Entrevistado desta segunda-feira no CT palmeirense, Egídio valorizou o papel de Cuca na sua recuperação - o treinador preservou o lateral por três partidas - e evitou acelerar qualquer conversa sobre renovação. O contrato do jogador se encerra no fim deste ano.

"Falei com a minha família que eu não queria ir embora pelas portas de trás, e, sim, pela porta da frente, como eu entrei aqui. O contrato está vencendo, mas ainda não sabemos o que irá acontecer", declarou o lateral, antes de manifestar qual a preferência para 2018.

"Quero ficar, e me doei ao máximo no período fora para criar mais força e foco e dar a volta por cima. Agora continuo do mesmo jeito. Quero jogo a jogo mostrar ainda mais", acrescentou Egídio.

Novamente titular do Palmeiras, o lateral apontou a ajuda do técnico Cuca como importantíssima para a recuperação dentro da equipe. O comandante, inclusive, já fez lobby público pela permanência do camisa 6 para a próxima temporada - além do lateral, o goleiro Fernando Prass também tem contrato até dezembro.

"O Cuca foi fundamental para eu dar, vamos dizer assim, a volta por cima. É muito mérito dele também. Mas, claro, se eu não tivesse mostrado nos treinamentos, depois de ele me preservar por três partidas, que não tinha baixado a guarda, não teria voltado", afirmou.

Egídio trabalhou com a provável defesa titular que vai enfrentar nesta quinta, 21h (de Brasília), o Bahia, no Pacaembu, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. O jogador treinou ao lado de Edu Dracena, Juninho e Jean - além de Tchê Tchê na "cabeça de área" - durante atividade específica comandada pelo técnico Cuca.

O camisa 6, ainda sem qualquer avanço para seguir na Academia de Futebol em 2018, disse entender o comportamento da torcida durante o período de dificuldade. Segundo o lateral, a relação é de "paz e amor".

"Sinto-me bem, de verdade. (...) Gosto da torcida do Palmeiras; ela é significativa para nós e sempre comparece para nos dar apoio. Os que te vaiam hoje vão te aplaudir amanhã. Estamos 'macaco velho' enquanto a isso; estou em paz e amor com a torcida", encerrou.