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Promotoria suíça abre investigação envolvendo dono do PSG

O dono do PSG em partida do clube francês  - Francois Mori/AP Photo
O dono do PSG em partida do clube francês Imagem: Francois Mori/AP Photo

12/10/2017 10h30Atualizada em 12/10/2017 16h02

A promotoria da Suíça abriu uma investigação envolvendo o dono do PSG, Nasser Al-Khelaifi, nesta quinta (12). A informação foi dada através de um comunicado da própria promotoria. 

O procedimento aberto pela promotoria suíça está conectado à investigação sobre o ex-secretário geral da Fifa Jérôme Valcke e está relacionada às vendas de direitos de TV da Copa do Mundo à emissora BeIN Sports, da qual Nasser Al-Khelaifi é chefe executivo. Houve uma operação de busca na sede em Paris da emissora.

Nasser Al-Khelaifi é também dono do PSG. Foi ele quem bancou a transferência recorde de Neymar ao clube francês no mês de agosto desembolsando 222 milhões de euros para o Barcelona. 

O caso envolvendo o dono de PSG 

Uma investigação foi aberta em 20 de março por "suspeitas de corrupção privada, fraude, gestão desleal e falsificação de documentos", declarou o MP suíço, afirmando que uma operação "coordenada" foi realizada por vários países neste processo. França, Grécia, Itália e Espanha cooperaram na investigação. 

O comunicado da promotoria nesta quinta informa que “novos procedimentos investigativos envolvendo Al-Khelaifi foram abertos por conta de descobertas de possíveis atos criminais após representantes da promotoria interrogarem Valcke no mês de outubro como suspeito". 

O comunicado explica que as investigações envolvem também um empresário do mundo esportivo, cujo nome não foi publicado. 

“As suspeitas são de suborno, fraude, má gestão criminal e falsificação de documento. Se suspeita que Jérôme Valcke tenha aceitado vantagens indevidas de um empresário no setor dos direitos esportivos em relação à concessão de direitos de mídia para certos países na Copa do Mundo da FIFA em 2018, 2022, 2026 e 2030 e de Nasser Al-Khelaifi em conexão com A concessão de direitos de mídia para certos países nas Copas do Mundo da Fifa em 2026 e 2030", diz a nota.

"Ninguém foi preso e a presunção de inocência se aplica. Até à data, foram recebidos 180 relatórios de suspeita de lavagem de dinheiro em conexão com as investigações de futebol. A Promotoria está conduzindo cerca de 25 processos penais na série de investigações relacionadas ao futebol e atualmente está analisando documentos apreendidos contendo dados", completa. 

BeIN nega os crimes

A emissora negou qualquer tipo de irregularidade e afirmou que cooperará com as investigações. "BeIN Media Group nega todas as acusações de corrupção publicadas pelos investigadores suíços sobre a venda direitos televisivos de Copas do Mundo. A BeIN confirma que autoridades francesas fizeram buscas no escritório na França, mas nega qualquer crime", disse em comunicado

“Por conta de um pedido da promotoria, o escritório da BeIN Sports na França foi alvo de busca nesta manhã. Os empregados do local cooperaram com as autoridades até o final das buscas. A BeIN nega todas as acusações. A companhia vai cooperar com as autoridades e está confiante com o desenvolvimento das investigações”, completou. 

A Fifa

Em declaração, a Fifa afirmou que “apoia as investigações”. "A Fifa é parte danificada nesta investigação, de acordo com as disposições aplicáveis do direito processual suíço", afirmou o comunicado. "A Fifa não pode fazer mais comentários nesta fase, tendo em vista o fato de que a investigação pelas autoridades está em andamento".