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Árabes acionam Fifa e pedem R$ 34 mi por ida de Thiago Neves ao Cruzeiro

Thiago Neves foi a principal contratação do Cruzeiro para a atual temporada - Thomás Santos/AGIF
Thiago Neves foi a principal contratação do Cruzeiro para a atual temporada Imagem: Thomás Santos/AGIF

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

07/11/2017 14h02

O Al Jazira, dos Emirados Árabes Unidos, acionou a Fifa contra Thiago Neves com o intuito de receber 9 milhões de euros (R$ 33,84 milhões na cotação atual) devido àrescisão unilateral do jogador em janeiro deste ano. O Cruzeiro entra como solidário no processo movido pelos árabes.

Responsável por auxiliar os mineiros na busca pelo meia-atacante, o advogado Breno Tanure confirma a existência do processo e explica como a Raposa se enquadra no caso:

"O clube entende que o Thiago rescindiu o contrato unilateralmente e não poderia assinar um novo contrato. O Cruzeiro, na verdade, entra como solidário", disse ao UOL Esporte.

"A ida à Fifa é contra o Thiago (Neves). O Cruzeiro entra no processo como solidário, porque foi o primeiro clube a assinar um contrato com o atleta", acrescentou.

No processo movido na Fifa, o ex-clube de Thiago Neves alega que a rescisão contratual foi induzida pelo Cruzeiro. Ou seja, os mineiros forçaram o atleta a se desligar do time para retornar ao Brasil.

Anunciado em janeiro pelo presidente Gilvan de Pinho Tavares, o meia-atacante de 32 anos só pôde entrar em campo a partir de fevereiro. Ele foi liberado pela entidade que rege o esporte em 17 de fevereiro e regularizado junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na mesma semana.

O Cruzeiro já foi notificado no caso e prepara a sua defesa no processo. As partes serão ouvidas nos próximos meses para definir a situação.

Cruzeiro é cobrado por Denílson

Volante Denílson, do Cruzeiro - Washington Alves/Light Press/Cruzeiro - Washington Alves/Light Press/Cruzeiro
Denílson disputou apenas cinco jogos pelo Cruzeiro em 2016
Imagem: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro

O caso de Thiago Neves não é o único sobre o Cruzeiro na Fifa. O Al Wahda, também dos Emirados Árabes Unidos, cobra o clube pelo empréstimo do volante Denílson, em 2016.

O Cruzeiro não pagou os árabes conforme combinado e teve que apresentar a sua defesa à Fifa. A ideia do Al Wahda é receber 850 mil euros (R$ 3,2 milhões) pelo atrasdo no pagamento.

Contratado em julho de 2016, Denílson assinou contrato de seis meses com o Cruzeiro. Neste período, ele se recuperou de um problema no joelho e disputou só cinco jogos pelo clube, sendo dois na condição de titular.