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Salário milionário é a maior preocupação do São Paulo para manter Hernanes

Hernanes é destaque nesta recuperação do SP, mas tem contrato só até metade de 2018 - Rubens Chiri/saopaulofc.net
Hernanes é destaque nesta recuperação do SP, mas tem contrato só até metade de 2018 Imagem: Rubens Chiri/saopaulofc.net

José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

08/11/2017 04h00

O São Paulo ainda não abriu negociação, mas começa a estudar uma maneira para manter Hernanes em seu elenco depois de julho de 2018. Considerado um dos principais jogadores na recuperação da equipe neste Campeonato Brasileiro, o meio-campista está emprestado ao Tricolor pelo Hebei Fortune. Porém, muito mais do que entrar em um acordo com os chineses, o que mais preocupa a diretoria tricolor é o salário que o ídolo recebe no exterior.

O time do Morumbi paga R$ 500 mil por mês ao jogador. O Hebei Fortune, no entanto, completa o valor dos vencimentos, que chegam a quase R$ 2 milhões. Tal valor está muito além da realidade do futebol brasileiro. No próprio São Paulo o teto é de R$ 500 mil, sendo que apenas o próprio meio-campista e o argentino Lucas Pratto recebem tal quantia.

Para complicar ainda mais, uma liberação dos chineses também não será tarefa simples para a diretoria. Para tirar o brasileiro da Juventus da Itália e fechar um contrato de dois anos, o Hebei Fortune desembolsou 10 milhões de euros (R$ 37,9 milhões). Os asiáticos, portanto, devem querer receber alguma compensação pela transferência do brasileiro.

Por outro lado, como em agosto de 2018 ele estará livre para assinar um pré-contrato com outra equipe, uma possibilidade seria Hernanes renovar o vínculo com os chineses e ampliar o empréstimo com o São Paulo. Neste caso, quem sabe, os asiáticos poderiam até tentar contribuir de alguma maneira com o pagamento de salário.

Focado em ajudar o Tricolor a se recuperar no Campeonato Brasileiro, Hernanes, que marcou nove gols em 16 partidas neste ano, tenta se manter fora de qualquer negociação. O próprio jogador considera o acerto difícil, mas mantém o pensamento positivo. 

"Seria algo improvável de acontecer eu, com 32 anos, e alguém me comprar por um valor alto. Acho difícil essa transação, é mais viável o empréstimo. Mas não cabe a mim essa situação. E acho também que não acabou", disse o jogador.

"Não estou nem pensando ainda, vocês pensam muito. Eu não estou pensando no futuro. Isso que é o legal, quando o momento é intenso você não tem tempo para projetar muito. Ou você pensa ou vive. Estou vivendo, com intensidade. Não tenho tido tempo para pensar nessas coisas. Estou aproveitando esse momento, as coisas estão começando a clarear", completou o meio campista sobre a possibilidade de aproveitar o tempo no São Paulo antes de o contrato terminar.