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SP não quer repor Marcinho e Denilson. Para 2018, ideia é apostar na base

Brenner puxa a fila de atacantes promissores da base tricolor que podem ser usados - Rubens Chiri/saopaulofc.net
Brenner puxa a fila de atacantes promissores da base tricolor que podem ser usados Imagem: Rubens Chiri/saopaulofc.net

Bruno Grossi

Do UOL, em São Paulo (SP)

22/11/2017 04h00

Dois jogadores devem ter o destino no São Paulo definidos nesta semana. Os atacantes Denilson e Marcinho estão emprestados somente até o fim da temporada e dificilmente continuarão no elenco em 2018. As baixas iminentes, ambas para a mesma posição, poderiam atrapalhar o planejamento de Dorival Júnior, mas não causam preocupação. O Tricolor confia que pode repor essas vagas sem nem sequer entrar no mercado.

O departamento de futebol entende que, para investir em jogadores jovens (os dois têm 22 anos), é preciso que os reforços sejam de peso, prontos para jogar e trazer benefícios ao time. Cabe nesse exemplo o também atacante Marcos Guilherme, da mesma idade de Marcinho e Denilson, que logo virou titular e soma seis gols em 20 partidas como são-paulino.

Assim, em vez de ir ao mercado para colocar dinheiro em coadjuvantes sem tanta experiência, o Tricolor quer valorizar e aproveitar mais as categorias de base. A afirmação de Militão, mesmo improvisado na lateral direita e com os experientes Bruno e Buffarini no elenco, é um exemplo que embasa essa proposta da comissão técnica para o próximo ano.

Por isso, ainda nesta semana é provável que a diretoria procure os representantes de Marcinho, já procurado pelo Fortaleza a pedido de Rogério Ceni, e Denilson, para comunicar que a preferência de compra não será exercida. No último caso, a prioridade tricolor termina em 30 de novembro.

No lugar de "Denilsons e Marcinhos", o torcedor pode esperar ver mais de jogadores como Brenner e Paulinho Bóia, promovidos ao profissional durante este Brasileirão. O primeiro chegou a entrar em dois jogos - um com Dorival e outro com Ceni - e pode ser aproveitado novamente nas rodadas finais contra Coritiba e Bahia. Pratto está com problemas físicos, Gilberto também ficará sem contrato e pode ser preterido e o time já está sem a pressão dos riscos de rebaixamento. Assim, o caminho está aberto para o desejo da comissão técnica.

Paulinho Boia, do São Paulo - Érico Leonan/saopaulofc.net - Érico Leonan/saopaulofc.net
Paulinho Boia vive a expectativa de estrear pelo São Paulo
Imagem: Érico Leonan/saopaulofc.net

Brenner agrada, além do desempenho assustador na base, com média de quase dois gols por jogo, por conseguir atuar como ponta ou como referência no ataque. O estilo é comparado ao de Gabriel Jesus, que mesmo sem um porte físico avantajado consegue ser centroavante. O garoto de 17 anos é um dos expoentes da badalada Geração 2000 no futebol brasileiro.

Enquanto Brenner foi promovido por Ceni, Bóia foi pinçado por Dorival Júnior mesmo sem ser titular dos times que disputam as competições sub-20. Os treinos no profissional impulsionaram o futebol do atacante, que passou a ser mais participativo quando descia para os jogos da base. Aos 19 anos, como gosta a comissão de Dorival, tem estilo agressivo: dribla, busca jogadas verticais e finaliza bem.

Para o ataque, há ainda Caíque, um dos condutores do sub-20 nos últimos anos, que pode ser observado a partir da pré-temporada. Outros nomes de Cotia já foram chamados para treinos com Dorival e se enquadram como possíveis peças de reposição para baixas no elenco: o zagueiro Rony, o volante Pedro, os meias Liziero e Igor Gomes. No sub-17, quem conseguir subir de patamar na Copa São Paulo de 2018 pode ter chances. Sem falar no também jovem zagueiro Iago Maidana, que volta de empréstimo do Paraná Clube após conquistar o acesso à Série A do Brasileirão.