Cruzeiro deve quase R$ 50 milhões, mas presidente segue "tranquilo"
O Cruzeiro está tranquilo em relação às dívidas e acusações do conselho deliberativo sobre a má gestão de Gilvan de Pinho Tavares.
O atual presidente convocou uma entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (1º), na Toca da Raposa II, para esclarecer os débitos e revelar que não teme possíveis sanções por conta das ações que cobram R$ 50 milhões na Fifa.
“Fiz uma síntese daquilo que foi alegado para esclarecer aos senhores. Eles (conselheiros) falam, nas alegações, da dívida do Cruzeiro em ações na Fifa. O Cruzeiro foi sim acionado por clubes e agentes na Fifa. A soma daquilo que eles falam são mais de R$ 50 milhões. É verdade, existem essas reclamações, e o Cruzeiro buscou um advogado especialista na área. Esse advogado tem nos colocado muito tranquilos em relação aos fatos. Primeiro, não há possibilidade de o Cruzeiro ser rebaixado por causa dessas ações”, declarou.
O advogado Breno Tannuri é o responsável por confeccionar a defesa do Cruzeiro na Fifa. O UOL Esporte apurou que uma das estratégias do clube é adiar os pagamentos o máximo possível e quitar os débitos por meio de acordos somente em última instância. O fato evita que a equipe sofra penas desportivas na entidade internacional.
Na entrevista concedida nesta sexta-feira, o presidente do time de Belo Horizonte explicou os problemas de Duvier Riascos, Ramón Ábila, Gonzalo Latorre, Rafael Sóbis e Matías Pisano.
Confira, abaixo, os trechos da coletiva de Gilvan de Pinho Tavares:
Ramón Ábila
“Na relação de atletas está o Ramón Ábila. Todos sabem que o Ábila foi para o Boca Juniors, e o Cruzeiro fez o acerto com o Huracán. Isso implica na retirada dessa ação. Não existe dívida do Cruzeiro com o Huracán”.
Duvier Riascos
“O Riascos, no empréstimo que fizemos dele para o clube da Colômbia, ele retirou a denúncia que fez na Fifa. Não existe mais essa dívida”.
Rafael Sóbis
“No caso do Sobis, estamos fazendo essa negociação com um clube do México com a condição de que eles assumam o débito com o outro clube”.
Matías Pisano
“Trouxemos o Pisano porque o Cruzeiro tinha um jogador adquirido na gestão anterior, o Farías, que tinha um salário de 200 mil dólares e não conseguia jogar. Ele treinava separado. O técnico do Independiente pediu, nós cedemos, mas eles não pagaram os salários dele. O Cruzeiro ficou como responsável pelo pagamento. Para não ter que pagar tudo, fizemos um acordo com o Independiente. Ele nos passaram o Matías Pisano para cobrir o prejuízo. Não fomos atrás do jogador, ele veio para diminuir o prejuízo”.
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