Topo

Artilheiro, Jô vê sair "peso", mas diz que pressão continuará "gigantesca"

AP Photo/Andre Penner
Imagem: AP Photo/Andre Penner

Do UOL, em São Paulo

04/12/2017 12h30

Confirmado como artilheiro do Campeonato Brasileiro após a última rodada, disputada no último domingo, o atacante Jô disse que terminar o ano com a conquista do título e ainda como maior goleador lhe traz uma sensação de dever cumprido. E também um pouco de alívio.

"Sempre fico feliz de receber elogios por tudo. Só fiz meu papel, mas acho que fiz bem feito. 2017 foi especial por tudo que passei, as expectativas que gerou a minha vinda. Acabei correspondendo, com dever cumprido. Não vou deixar de receber críticas, mas sai um peso por terminar assim esse ano maravilho", disse em entrevista à "ESPN" na chegada para o 48º Prêmio Bola de Prata.

Apesar do ano vitorioso, com as conquistas do Brasileiro e do Paulista, Jô sabe que a cobrança no Corinthians continuará grande na próxima temporada. O time voltará a disputar a Copa Libertadores.

"O ano que vem já começa com pressão. Um pouco diferente desse, mas não que não tínhamos pressão este ano. Mas 2018 vai começar com uma pressão gigantesca, mas faz parte da profissão. Começamos sabendo que precisamos fazer uma temporada tão boa como a de 2017, mas sabendo da nossa capacidade", disse.

Do lado de fora da premiação, o atacante do Corinthians disse que recebeu apenas sondagens e que nesse momento não há a possibilidade completa de deixar o clube.

"Tenho contrato com o Corinthians até 2019. As mensagens que eu recebo, o carinho que os torcedores têm comigo, faz sempre você se sentir importante. Depois de um ano como 2017, que eu fiz, nada merecido como fazer um ano como 2018 até melhor. É o que pode acontecer e o que eu tenho desejo. Não tem nada, realmente o que tem são só especulações", afirmou.

Além disso, Jô admitiu que tem como meta voltar à seleção brasileira de Tite para a Copa do Mundo de 2018.

"Merecimento a gente não pode nós mesmos nos avaliarmos. Claro que é um ano maravilhoso, mas a opinião final é do Tite. Mas a gente fica esperançoso sempre, cada convocação é a expectativa de poder voltar à seleção sempre, mas sempre respeitando a comissão técnica do Tite que é muito capacitada para isso. Tem aí seis meses para poder voltar a fazer gols, grandes atuações para se deus quiser ter uma oportunidade", declarou.

Por fim, ele agradeceu aos companheiros pela ajuda para chegar à artilharia com 18 gols, o mesmo de Henrique Dourado, do Fluminense.

"Sempre penso que é preciso falar sobre o coletivo, porque o futebol é coletivo. Mas ganhar prêmio individual é sempre uma satisfação, venho aqui muito grato por tudo que conquistei com a ajuda dos meus companheiros”, disse.