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Mais que torcedora, Carol Portaluppi dá pitaco e analisa o Grêmio com o pai

Carol Portaluppi mostra intimidade com futebol e palpita sobre time do pai - Lucas Uebel/Grêmio
Carol Portaluppi mostra intimidade com futebol e palpita sobre time do pai Imagem: Lucas Uebel/Grêmio

Luiza Oliveira

Do UOL, em Al Ain (EAU)

10/12/2017 04h00

Carol Portaluppi está sempre grudada no pai. É uma das torcedoras mais ilustres do Grêmio e não se cansa de demonstrar seu amor com a camisa do Grêmio nas redes sociais. Mas a intimidade da filha de Renato Gaúcho com a bola vai bem além dos seus posts no Instagram. Carol respira futebol desde que nasceu. Hoje, prova que entende mesmo do assunto e até dá pitacos no time do Grêmio.

O futebol sempre foi uma ligação entre pai e filha. Hábitos familiares comuns, como uma ida ao cinema, na família Portaluppi eram substituídos pelo esporte por causa da profissão de Renato. Até hoje, a bola é uma forma de se divertirem e estarem juntos e ela se vê totalmente envolvida.

“Fico acostumada, fico ali o tempo todo com ele. Se ele está no quarto, eu estou vendo tudo o que ele está falando, o que está reclamando, o que está pontuando. Vou aprendendo mesmo, então fico sugando aquilo”, conta. “Como eu fico com ele o tempo todo, quando estou longe eu quero assistir e fico muito ligada nisso. Fico falando de um jeito entendedora, quero ligar para ele, quero dar palpite. Eu vejo a forma como ele vê o jogo, tento ter a leitura que ele vai ter”.

Renato Gaúcho e Carol Portaluppi em chegada do Grêmio na Arena - Jeremias Wernek/UOL - Jeremias Wernek/UOL
Renato Gaúcho e Carol Portaluppi na Arena Grêmio; filha dá pitaco no time do pai
Imagem: Jeremias Wernek/UOL

Carol não perde um jogo sequer. No ano passado, ela foi vista com frequência nos jogos do Grêmio e se tornou um amuleto na conquista da Copa do Brasil. Neste ano, não pôde estar tão presente por causa dos compromissos com a faculdade de publicidade. Até quis viajar para a Argentina na final contra o Lanús, mas Renato ficou preocupado com a falta de segurança no estádio e preferiu que ela não fosse. Assim, podia ficar tranquilo e destinar todas as suas atenções ao jogo.

Mas engana-se quem pensa que Carol ficou longe. Ela ainda faz questão de conversar com o pai no telefone após todas as partidas. E admite que se envolve tanto que dá palpites e até corneta. “Depois de todo jogo ele sempre me liga. Às vezes acaba o jogo, tem fuso horário, banho, acaba demorando. E eu falo: 'Não tem problema, não vou dormir. Não consigo dormir. Pode ligar'. E aí eu falo: ‘Te falei, você tem que botar aquele 3-2-4-1 invertido, botar espelhado. Reclamo que alguém fez algo errado no calor do jogo. Às vezes ele nem está escutando e fala: ‘tá bom, vai dormir’. Eu fico dando minhas opiniões, mas confio muito nas decisões dele e do assistente técnico que é meu amigo”, brinca.

E a troca é mútua. Volta e meia Renato conta para a filha um jogador em quem o Grêmio está de olho para contratar e lá vai ela buscar informações para ver se aprova. “Ele quer mais é dividir, quer que eu faça parte da vida, do mundo dele. Às vezes eu até falo: ‘Ah, achei que não joga bem pela direita’. Se eu achar, eu falo. Mas geralmente eu falo bem, concordo com ele’”.

Carol geralmente chama a atenção no noticiário esportivo pela sua beleza e por ter causar ciúmes no pai. Mas o lado um pouco desconhecido é ela tem opiniões contundentes sobre futebol. Carol, por exemplo, aprovou a escolha de Renato ao priorizar a disputa da Libertadores em detrimento do Campeonato Brasileiro. Ela elogia a maneira como o Grêmio venceu a competição, com um futebol vistoso e sem apelar para a catimba ou jogo duro. Quando tem que eleger um atleta, prefere não se comprometer para que ninguém fique chateado. Ainda assim ressalta o craque Luan, eleito o melhor jogador do torneio.

Olho no Mundial de Clubes

Depois de viver toda a adrenalina do título da Libertadores, Carol agora volta todas as suas atenções para o Mundial de Clubes. Ela não viajou os Emirados Árabes, mas não se cansa de dizer que o pensamento foi junto com o time. Nesta semana, ela publicou uma foto com o pai com os dizeres “Meu coração está com você. Boa viagem, vai ganhar o mundo”.

Deixando o lado torcedor de lado, ela demonstra preocupação com as baixas importantes que o time terá depois de uma intensa reta final de Libertadores. As ausências de Cícero e Arthur, destaques da conquista continental, foram muito sentidas. Agora, aguarda ansiosa a disputa da semifinal contra o Pachuca, do México, na próxima terça-feira.

Mas admite que já sonha com a final diante do poderoso Real Madrid e acredita que o Grêmio pode, sim, subir estar no topo do mundo pela segunda vez. Carol opina que o time deveria jogar para a frente, mas deixa claro: é uma opinião só dela que nada tem a ver com o que o pai vai fazer num possível duelo.

“Eu levo uma fé muito grande de que o Grêmio pode ganhar. O Real Madrid não está em um dos seus melhores momentos, logico que é um time que tem que ser muito respeitado, como o Grêmio tem que ser respeitado porque está em um ótimo momento. Não vejo porque não acreditar que agora poderia ganhar desse time. Acho que disputando um Mundial, tem que botar o time para a frente. Para ser jogo bonito, não pode ficar fechado o tempo, tem que ir para a frente. É Mundial, é tudo ou nada, tem que dar espetáculo. Estou pensando alto, nem conversei com o meu pai”, brinca.

O Grêmio estreia no Mundial contra o Pachuca na terça (12/12), às 15h (horário de Brasília). A grande final do torneio acontece no sábado (16), também às 15h.