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WTorre responde ação do Palmeiras: "execução aloprada e feita por pirraça"

Construtora classificou como aloprada a execução do Palmeiras - Divulgação
Construtora classificou como aloprada a execução do Palmeiras Imagem: Divulgação

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

21/12/2017 15h07

A WTorre classificou como uma atitude precipitada a decisão do Palmeiras em entrar na Justiça para cobrar quase R$ 14 milhões. Os valores representam a soma de participação de lucros que o clube tem direito em eventos que usam o estádio como casa, além de multas previstas em contratos para quando o time paulista precisa jogar fora de casa por causa da agenda de shows.

Segundo o advogado da construtora, Ricardo Tepedino, a execução é “aloprada e foi feita por pirraça”.

“É uma execução aloprada, doida, que não vai prosperar. Na arbitragem, o Palmeiras pede para que apurem os valores devidos, nem eles sabem o valor certo. Se na arbitragem ele pede para apurar, não dá para falar que sabe exatamente o que vai pedir agora”, explicou Tepedino.

No processo encaminhado aos tribunais, o Palmeiras alega que a construtora não poderia rebater os valores devidos, uma vez que a própria empresa que passa relatórios mensais explicando quais foram os resultados de suas operações.

Tepedino contesta o argumento e diz que o time paulista também não tem repassado o valor correspondente aos custos do estádio em dia de jogo.

“Na arbitragem, a gente também está discutindo quem vai pagar as despesas do estádio em dias de jogo. Todas as despesas em dias de jogos, eles precisam pagar. Só não pagam o aluguel. Mas luz, água... O gramado, por exemplo. Quem precisa consertar o gramado depois do jogo? Isso está em discussão”, explicou.

Questionado se o valor das dívidas do Palmeiras com a WTorre chegam aos R$ 14 milhões, Tepedino disse não ter a resposta exata. “Eu não sei qual o saldo. Isso está na arbitragem. Pode ser o saldo positivo para o Palmeiras ou pode ser para a WTorre. Precisamos ver quais as despesas são de responsabilidade do clube”, completou.

Para finalizar, o advogado ainda afirmou que a ação foi movida por pirraça por causa de uma multa sofrida pelo clube recentemente por falar de detalhes da arbitragem em uma coletiva de imprensa.

“Não se pode falar nada da arbitragem de maneira pública e o Palmeiras vaza tudo. No fim da gestão do Nobre, eles convocaram uma coletiva para falar que ganharam uma primeira parte da arbitragem. E tomaram uma multa de R$ 500 mil. E agora estão entrando com essa execução maluca. É pirraça”, finalizou.