Após trégua, Palmeiras e WTorre voltam a romper e revivem tensão
O que aparentemente caminhava para uma relação ao menos estável voltou à estaca zero. Palmeiras e WTorre deixaram evidente durante esta semana que não falam mais a mesma língua.
Uma das bandeiras da gestão de Maurício Galiotte sempre foi o diálogo aberto com conselheiros, diretores e parceiros, especialmente se comparado ao trato de seu antecessor, Paulo Nobre. Agora, no entanto, a relação com a construtora voltou a se deteriorar.
O estopim foi o processo movido pelo clube na última terça-feira, cobrando R$ 14 milhões. Os valores representam a soma de participação de lucros que o clube tem direito em eventos que usam o estádio como casa, além de multas previstas em contratos para quando o time paulista precisa jogar fora de casa por causa da agenda de shows.
Do outro lado, a WTorre respondeu de maneira contundente na última quinta-feira, chamando a ação de "aloprada" e classificando como "pirraça" por problemas anteriores.
A construtora diz ter certeza de que tem mais a receber do que a pagar ao clube, por causa das despesas geradas no Allianz Parque em dias de jogo. Os palmeirenses, por outro lado, dizem que o saldo é favorável a eles se as dívidas forem colocadas frente a frente. Tanto a WTorre admite que não repassou os valores ao Palmeiras, quanto o Alviverde admite que não pagou as despesas. Esse assunto está sendo discutindo em arbitragem.
No início do ano, Galiotte gostava de afirmar que havia melhorado a relação entre Palmeiras e construtora. A WTorre, por sua vez, chegou até a divulgar que perdeu dinheiro ao reservar o Allianz Parque para eventuais finais de Libertadores e jogos decisivos do Brasileirão para mostrar boa vontade na relação.
A relação, no entanto, nunca foi a ideal. Desde o início da reforma do antigo Palestra Itália, conselheiros ligados a Mustafá Contursi sempre agiram contra a construtora. Depois, foi a vez de Paulo Nobre romper as relações e evitar falar até mesmo o nome da empresa.
Os gestores do estádio se mostraram surpresos com o processo, mas já estão acostumados com problemas nos tribunais. Diversos parceiros, fornecedores e empresas contratadas cobram dívidas na Justiça e já chegaram até a pedir a falência da Real Arenas, empresa que opera a arena. Na versão deles, inclusive, tudo não passa de debate pontual sobre o que realmente precisaria ser pago.
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