Defesa de Guerrero usou múmias no julgamento por doping do atacante do Fla
A estratégia que resultou na redução da pena do atacante Guerrero contou com um elemento inusitado. Suspenso por um ano pelo uso de benzoilecgonina, um metabólito comum à cocaína e folha de coca, o jogador do Flamengo teve o "auxílio" de três múmias encontradas na Cordilheiras dos Andes em 1999.
Para provar que tal substância pode ficar no corpo de uma pessoa por séculos, a equipe do advogado Bichara Neto contratou um arqueólogo que atestou o fato e o argumento foi utilizado na defesa. A notícia foi inicialmente publicada pela "Estadão".
"Isso ajudou a compor os argumentos da defesa. Por si só não seria decisivo, mas somado às outras provas foi valioso", disse ao UOL Esporte Bichara Neto.
Os três corpos foram encontrados praticamente preservados e, em uma das meninas, a mesma substância encontrada no camisa 9 também foi achada em seus restos mortais. Um estudo realizado por universidades britânicas, peruanas, dinamarquesas e argentinas revelou que uma quantidade do metabólito seguia resistindo.
A pena do jogador foi reduzida para seis meses, o que garante sua presença na Copa da Rússia. Os advogados levarão o caso até a Corte Arbitral dos Esportes (CAS, na sigla em inglês), instância na qual tentarão isentar o jogador de punição.
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