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Após barca, Flu negocia redução dos direitos de imagem de jogadores

Marcus Vinicius Freire e o presidente pedro Abad: Flu passa por grandes cortes - Nelson Perez/Fluminense
Marcus Vinicius Freire e o presidente pedro Abad: Flu passa por grandes cortes Imagem: Nelson Perez/Fluminense

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

31/12/2017 04h00

Os cortes que culminaram com a dispensa de oito jogadores do Fluminense seguem em curso nas Laranjeiras. Ainda que tenha conseguido um grande alívio na folha salarial do clube, a idéia é reduzir ainda mais os gastos.

Os dirigentes no clube tentarão reduzir os vencimentos de alguns jogadores que tenham o salário muito alto oriundo dos direitos de imagem. Como diminuir a parte registrada em carteira de trabalho é proibido por lei, os tricolores tentam uma saída que permita um pouco mais de fôlego para o caixa do clube.

"Nós estamos conversando, é um movimento que está em curso. Nós vamos fazer", disse ao UOL Esporte Marcus Vinícius Freire, CEO do Fluminense, sem especificar se a medida valerá para todos os remanescentes.

A situação financeira do Fluminense é dramática. Na última sexta-feira, o Conselho Deliberativo do Tricolor aprovou [com apenas dois votos contrários] orçamento que prevê que o futebol custe R$ 46,2 milhões a menos em 2018, o que representará uma queda de 25% em relação ao ano que chega ao fim.

O custo do carro-chefe tricolor em 2017 foi de R$ 188,3 milhões, e o departamento será administrado com R$ 142 milhões após a votação. Para que a conta feche será preciso diminuir a folha, o que já vem acontecendo. Se o clube andar na linha ano que vem, o Tricolor fechará 2018 com uma receita bruta R$ 11,6 milhões maior que no primeiro ano da gestão Pedro Abad.

De acordo com a peça orçamentária, no entanto, a previsão é de queda na receita oriunda da venda de jogadores. Em vez dos R$ 42, 6 milhões projetados para 2017, "apenas" R$ 35 milhões na próxima temporada.

A partir da próxima semana, o Fluminense chamará os dispensados para iniciar uma negociação. O clube monta uma operação para quitar tudo até março, mas tentará acordos amigáveis com os oito jogadores, o que é bem improvável, já que o Flu acenará com valores menores que a dívida mas com promessa de pagamento mais rápido.