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Ceni diz que demissão no São Paulo foi desnecessária: "a subida era certa"

Reprodução/ TV Globo
Imagem: Reprodução/ TV Globo

Do UOL, em São Paulo

31/12/2017 13h02

Rogério Ceni conversou com Casagrande no Esporte Espetacular neste domingo (31) e falou de sua passagem e saída do São Paulo. O treinador do Fortaleza disse que a troca de técnicos no clube paulista com sua demissão foi "totalmente desnecessária" e relatou o "único momento que ficou nervoso no time do Morumbi", relembrando o famoso episódio da prancheta arremessada pelo técnico no vestiário após um clássico contra o Corinthians. 

"Eu fico triste de ter sido mandado embora do clube que defendi. Foi desnecessária essa troca no meio do ano, totalmente desnecessária. Tanto que o Dorival, os testes que eu vi que não davam certo, ele teve de testar de novo. A virada, a subida era certa comigo, com o Dorival ou com outro que chegasse. Eu acho que demorou mais porque o período de 3 ou 4 semanas de pré temporada é o período que o Dorival precisou para dar a virada", comentou o ex-goleiro. 

Rogério Ceni ressaltou principalmente sua tristeza pela saída de jogadores. "Quando eu fui contratado eu fui avisar do que não tinha dinheiro. Eu passei 2 semanas em Cotia pra observar e aí encontrei Araruna, Militão, Junior Tavares. Aí chegou falando que ia vender Neres e Araújo, se for vender não precisa mais de mim como treinador. Quando tirou o Thiago Mendes, tirou toda a velocidade, quando tira isso, aí fica difícil", analisou. 

Ceni explicou o famoso episódio muito divulgado na imprensa sobre o dia que perdeu o controle no vestiário durante um Corinthians x São Paulo e jogou a prancheta. O objeto acertou o então são-paulino Cícero. "Eu entrei naquele dia nervoso no vestiário, porque tomamos o segundo gol de contra ataque. A história da prancheta que todo mundo fala: eu dei um bico no quadro e um pedaço foi na direção do Cícero e ele pegou a prancheta. Foi o único momento que fiquei nervoso. Aquele dia eu perguntei se o Rodrigo (Caio) sabia que o Jô tinha cartão amarelo e ele disse que não, o árbitro entendeu que era passível de cartão amarelo o lance e eu quando vi, também", relembrou.

O ex-goleiro recordou ainda da sua demissão. "Foi uma conversa de 3 minutos depois do jogo do Flamengo o presidente me chamou e disse que queria mudar o trabalho. Eu agradeci a oportunidade, perguntei se era só isso. Eu trabalhei 27 anos no São Paulo e 27 semanas como treinador".