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Sem Libertadores e mais "pobre", Atlético começa 2018 com expectativa alta

Novo presidente, Sette Câmara tem desafio de manter o time brigando por títulos - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
Novo presidente, Sette Câmara tem desafio de manter o time brigando por títulos Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

04/01/2018 04h00

A temporada 2018 vai ser bastante diferente para o Atlético-MG. O simples fato de não disputar a Copa Libertadores mostra como as coisas mudaram na Cidade do Galo, já que o clube esteve presente nas últimas cinco edições do torneio. A ausência na principal competição da América do Sul é percebida na montagem do elenco, sem muitos grandes nomes, como foi o Atlético nas últimas temporadas. É com esse cenário que o elenco abre o ano nesta tarde, no primeiro treino da temporada.

Após anos de conquistas e ostentação com elencos caros e recheados de estrelas, a versão atleticana para 2018 é bem mais modesta, com a meta de ter uma folha salarial bem inferior ao que foi no ano passado, por exemplo, quando o custo mensal do elenco passava dos R$ 10 milhões.

Mais pobre, algo provado pelo orçamento aprovado pelo conselho deliberativo, abaixo dos R$ 300 milhões anuais, diferentemente do que havia acontecido em 2016 e 2017, o Atlético não conseguiu segurar algumas de suas estrelas. Robinho não renovou e Fred rescindiu o contrato, já que seu custo nesta temporada seria superior a R$ 1 milhão por mês. Dos grandes nomes que estavam na Cidade do Galo no ano passado, seguem aqueles que tinham contrato em vigor, casos do goleiro Victor e do volante Elias.

Entre os reforços anunciados até o momento, nenhum gerou alto custo ao clube. Ricardo Oliveira assinou após ficar sem vínculo com o Santos. Samuel Xavier, Erik e Arouca chegaram por empréstimos, sendo que Arouca ainda vai ter parte dos salários custeados pelo Palmeiras. Já Roger Guedes foi trocado por Marcos Rocha, por empréstimo de um ano.

“Vamos fazer uma readequação. É quase unanimidade. Vou seguir o que o meu diretor de futebol entender que é necessário para nosso futebol, juntamente com nossa comissão técnica. É trocar a roda do avião em pleno voo. Temos que readequar as finanças do clube. Vamos tentar com muita tranquilidade”, comentou o presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara.

Apesar de contratações sem grande impacto, como aconteceu em outros anos, e até mesmo a ausência da Copa Libertadores, o discurso dentro do Atlético é de muito otimismo. A expectativa para a temporada 2018 é boa e o clube acredita que o elenco que está sendo montado será capaz de brigar pelas principais competições da temporada.

Além do Campeonato Mineiro, que para o Atlético começa no dia 18, contra o Boa Esporte, em Varginha, os demais compromissos da equipe alvinegra na temporada são a Copa do Brasil, a Copa Sul-Americana e o Campeonato Brasileirão. Aliás, essa última é a grande obsessão do clube, que não vence o Brasileirão desde 1971.

“O Corinthians não foi à Libertadores e foi campeão, fez grandes vendas. Quem fica fora da Libertadores tem mais tempo para desenvolver no Campeonato Brasileiro. Agora vamos brigar pela Libertadores 2019”, completou o diretor de futebol atleticano, Alexandre Gallo.