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Menos nomes e mais futebol. Atlético acredita ter time mais forte para 2018

Ricardo Oliveira chega ao Atlético-MG como a principal contratação para a temporada - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
Ricardo Oliveira chega ao Atlético-MG como a principal contratação para a temporada Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

05/01/2018 04h00

O Atlético-MG para 2018 está mais forte do que foi na temporada 2017. A avaliação feita com apenas um dia de pré-temporada é da diretoria e também dos jogadores alvinegros. O consenso dentro da Cidade do Galo é que a equipe formada para esta temporada tem muito mais condições de brigar pelos objetivos traçados do que foi no ano passado, quando o Galo tinha muito jogadores de nome e apresentou pouco futebol.

Muito se esperava do time atleticano em 2017. Vice-campeão da Copa do Brasil de 2016 e quarto colocado no Campeonato Brasileiro do mesmo ano, a diretoria alvinegra reforçou o elenco e contratou o técnico Roger Machado, talvez o nome mais cobiçado entre os treinadores naquele momento. Mas em campo o time não rendeu o esperado. Foi campeão mineiro, mas fracassou nas demais competições e terminou a temporada com três trocas no comando, motivo pelo qual parte do elenco foi reformulado.

Para 2018, com um novo presidente, Sérgio Sette Câmara entrou no lugar de Daniel Nepomuceno, a gestão do futebol mudou completamente. Alexandre Gallo chegou para ser o diretor de futebol e com duas missões num primeiro momento: rejuvenescer o elenco e montar um time competitivo sem gastar tanto como em 2017.

E, na visão da diretoria alvinegra, as trocas no elenco foram acertadas. Saíram jogadores de nome, mas que não já não rendiam mais como o esperado, e chegaram jogadores que podem ajudar muito, embora não tenham o prestígio daqueles que estavam na Cidade do Galo anteriormente. Samuel Xavier, Arouca, Erik, Roger Guedes e Ricardo Oliveira foram os contratados até o momento. E outros reforços ainda vão chegar.

“Não acredito em grupo fechado em clube como o Atlético, que briga pela ponta. Então, todo grande jogador nos interessa. Sobre posição, não vamos externar, pois acaba dificultando negociações”, confirmou o diretor Alexandre Gallo.

Entre os jogadores o sentimento é o mesmo. No primeiro dia de treino na Cidade do Galo, a sensação é que o Atlético de 2018 pode ir muito mais longe do que foi a equipe do ano passado. Sem tanta expectativa, mas com mais futebol. Um post feito por Elias, no Instagram, é emblemático, um recado claro sobre o que esperar do Galo nesta temporada.

 

Galo 2018 ???????é? #galodoido

Uma publicação compartilhada por Tico Elias (@ticoelias)

 

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Entre os principais nomes que deixaram o clube, estão o lateral direito Marcos Rocha e os atacantes Fred e Robinho. De acordo com informação do próprio Atlético, a média de idade do elenco diminuiu de 27,4 para 25,2 anos (o clube ainda não divulgou a lista do elenco para a temporada). De acordo com o Gallo, essa redução na idade média do time foi uma necessidade após a análise de tudo o que aconteceu no ano passado.

Outro número que diminuiu para 2018 é o custo mensal do elenco. A meta estipulada pela diretoria era reduzir a folha salarial em cerca de R$ 3 milhões. Na temporada passada o clube gastou mais de R$ 10 milhões por mês com salários. Marca que está muito próxima de ser alcançada, mesmo que o Atlético não revele a economia feita até o momento.

“Esses números são internos, podemos externar que fizemos boa economia. Estamos perto de onde imaginava. A gente queria qualificar o time, com a vinda de jogadores jovens, a vinda do Ricardo”, completou Alexandre Gallo.

O time mais jovens, mais barato e mais forte, segundo o próprio Atlético, tem como objetivo na temporada o retorno à Copa Libertadores em 2019. Comandado por Oswaldo de Oliveira, o Galo tem chance de chegar à principal competição do continente por três vias: Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Copa Libertadores.