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Peças raras e até Elis Regina: Pelé tem exposição no maior museu de futebol

Caio Carrieri

Colaboração para o UOL, em Manchester (ING)

19/01/2018 04h00

O maior museu de futebol do mundo se rendeu ao Rei. Em Manchester, o melhor jogador de todos os tempos protagoniza, no Museu Nacional de Futebol, a exposição “Pelé: Arte, Vida e Futebol”.

Em parceria com a “Halcyon Gallery”, que reúne em Londres obras de artistas contemporâneos, o espaço de tributo ao esporte mais popular do planeta exibe, no noroeste da Inglaterra, fotos, quadros e artigos raros de Pelé. “Um olhar sobre a fase da vida do ícone brasileiro: de Santos a Nova York via 4 Copas do Mundo, pelos olhos de artistas e fotógrafos ao redor do mundo, e com itens icônicos da sua carreira”, garante a apresentação.

Exposição sobre Pelé - Caio Carrieri/Colaboração para o UOL - Caio Carrieri/Colaboração para o UOL
Imagem: Caio Carrieri/Colaboração para o UOL
A mostra ocupa um dos seis andares do prédio Urbis, imponente construção toda envidraçada que se tornou um dos cartões postais do centro de Manchester. Uma estátua em tamanho real do Rei, vestido com o uniforme da seleção brasileira, atrai a atenção dos visitantes para selfies. Em relação às peças raras do brasileiro, três têm destaque: a principal delas é a camisa que Pelé vestiu na sua estreia em Copas do Mundo: a do terceiro jogo da seleção em 1958, quando o Brasil venceu a União Soviética por 2 a 0 com dois gols de Vavá.

Mundial da Suécia, o menino de 17 anos se consagrou ao marcar dois gols no jogo do título sobre os anfitriões com vitória por 5 a 2. Foi a primeira grande aparição internacional do camisa  10, sendo o ponto de partida de uma trajetória fabulosa.

Objetos de Pelé - Caio Carrieri/Colaboração para o UOL - Caio Carrieri/Colaboração para o UOL
Imagem: Caio Carrieri/Colaboração para o UOL
Os outros objetos mais preciosos são um passaporte do início de carreira do tricampeão mundial e a medalha de vencedor da Copa de 1962, no Chile.

As empreitadas artísticas também são revisitadas. “Pelé foi um dos poucos que contrariou a minha teoria”, disse em frase histórica o artista plástico norte-americano Andy Warhol, lembrado na exibição. “Ao invés de 15 minutos de fama, ele terá 15 séculos”. Warhol, símbolo do movimento pop art, produziu em 1977 a série “Atletas”, coleção de retratos com diversos esportistas do século 20, incluindo Pelé, claro, o jogador de futebol americano OJ Simpson e o lendário boxeador Muhammad Ali.

No ramo musical, o dueto com Elis Regina, “Tabelinha”, de 1969, ecoa pelos corredores do museu, que recebe “Pelé: Arte, Vida e Futebol” até 4 de março. A entrada é gratuita.