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Teixeira pediu ajuda de Rosell para ir à Ásia sem ser preso, diz Justiça

Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF - Acervo/Agência Estado
Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF Imagem: Acervo/Agência Estado

Do UOL, em São Paulo

19/01/2018 14h53

Uma conversa telefônica entre Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, e Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona que está preso na Espanha, mostra a dupla telefônica confabulando uma viagem que permitisse que o brasileiro saísse do país sem ser preso e extraditado aos Estados Unidos para responder por crimes semelhantes aos que José Maria Marin e outros ex-dirigentes foram julgados.

Segundo o jornal “La Vanguardia”, a Justiça da Espanha registrou uma ligação entre Rosell e Teixeira em 16 de abril de 2017, um mês antes do espanhol ser preso no país europeu. O áudio capturado, inclusive, motivou a permanência do ex-dirigente do Barça na cadeia, apesar de pedidos para responder a acusações em liberdade.

Na conversa, Teixeira pede que Rosell articule viagens para Qatar ou Tailândia, locais em que o brasileiro não poderia ser extraditado aos Estados Unidos. O espanhol alerta que o país norte-americano e a Europa como um todo seriam locais de risco para o ex-presidente da CBF.

“O único lugar que eu penso que é perigoso para ti, logicamente, é a casa dos gringos, logicamente, e Europa”, afirmou Rosell. “Não, não. Europa nem pensar”, respondeu Teixeira

“E os gringos muito menos. No resto do mundo, na minha opinião, não tem nenhum problema. Mas vamos estar seguros, porque em duas semanas estarei ali. Estarei com Tamine e o perguntarei. Vou pedir, não perguntar”, continuou Rosell.

“Você diz para ele que ‘Ricardo quer ir ali, mas necessita de uma garantia sua. Você o convida para que ele entre e saia dali’”, pediu Teixeira.

A Justiça espanhola considerou essa tentativa de intermediação por parte de Rosell como um risco de fuga da Espanha caso o ex-presidente do Barcelona receba liberdade para responder seu processo.

Segundo o “Estado de S. Paulo”, Teixeira também citou Dubai como um possível destino, mas se corrigiu posteriormente, apontando o Qatar. A publicação brasileira alerta que o nome do emir qatariano tem um nome semelhante ao “Tamine” mencionado na conversa: Tamim bin Hamad Al-Thani