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Medalhões ganham vaias e perdem espaço para garotada do Flamengo

Everton Ribeiro foi vaiado pela torcida do Fla no clássico com o Vasco - Fernando Soutello/AGIF
Everton Ribeiro foi vaiado pela torcida do Fla no clássico com o Vasco Imagem: Fernando Soutello/AGIF

Bruno Braz

Do UOL, no Rio de Janeiro

28/01/2018 04h00

Motivos de grande investimento ano passado, alguns dos medalhões do Flamengo têm sofrido com a pouca paciência da torcida em 2018. Substituídos no segundo tempo do clássico com o Vasco, neste sábado (27), no Maracanã, o volante Rômulo e o meia Éverton Ribeiro foram vaiados pelos rubro-negros.

Em contrapartida, cada vez mais os garotos criados no Ninho do Urubu ganham prestígio. Além de Vinícius Júnior e Lincoln, que já estavam com os profissionais desde 2017, os jovens agora abrem espaço com a geração que, na última quinta-feira, conquistou o título da Copa São Paulo de juniores. Profundo conhecedor do Flamengo, tendo sido campeão mundial pelo clube em 1981, o técnico Paulo César Carpegiani enxerga com naturalidade esta cobrança.

“É nosso 12º jogador (torcida) e não vamos ter na estreia na Libertadores (por conta da punição da Conmebol). É nossa combustão, a pressão para que os jogadores tenham maior responsabilidade e, consequentemente, aquela garra, disposição, a mística do Flamengo. Já dirigi lá atrás um time que atacava e continuava essa exigência. As vaias eu não tenho nada a reclamar. Vai servir como um incentivo para quem está dentro de campo”, disse ele. 

O treinador também pediu paciência com Vinicius Júnior que, a princípio, irá se transferir para o Real Madrid em julho, quando completa 18 anos. “Se o Vinícius está se cobrando, é porque tem muito mais a dar. No lance do gol, ele podia driblar o goleiro, entrar com bola e tudo, mas é preciso ter paciência e calma. O Vinícius é um jogador que vai para o Real Madrid e tem que se aperfeiçoar, ser competitivo, fechar espaços, compor o meio”, declarou.