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Viúva de Danilo desabafa sobre imitação de avião: "Não te desejo o mesmo"

reprodução/Instagram
Imagem: reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

01/02/2018 18h17

O flagra feito pela TV Globo chegou até Letícia, a viúva do goleiro Danilo Padilha, morto no acidente aéreo da Chapecoense em novembro de 2016. Nesta quinta-feira (01), ela se manifestou sobre os torcedores uruguaios que imitaram um avião durante um jogo contra o time catarinense.

“Não te desejo o mesmo, porque não desejaria pra pior pessoa do mundo o que eu e as outras famílias estão passando... Talvez você um dia seja pai, ou já é... Ou ame alguém, e não queira perder as pessoas que você ame da mesma forma que perdemos. Só pense em alguma pessoa que você ame, antes de tudo”, escreveu Letícia na conta do Instagram dedicada a Danilo.

O repórter Pedro Rocha, da Globo, flagrou o momento em que torcedores do Nacional (URU) imitavam aviões para provocar a Chape. As duas equipes se enfrentaram na última quarta-feira (31), pela primeira fase da Copa Libertadores. O duelo terminou em vitória uruguaia por 1 a 0.

No vídeo, torcedores fazem gestos com a mão simulando a queda de um avião. Na sequência, imitam as asas de uma aeronave com os braços.

"71 famílias ficaram desamparadas na maior tragédia da história do esporte. Famílias que ainda sofrem diariamente com isso. Mas o amigo uruguaio, pelo visto, acha engraçado”, escreveu Rocha em sua postagem no Instagram.

O caso repercutiu também em outras redes sociais. No Twitter, diversos usuários compartilharam e pediram uma providência da Conmebol. A entidade máxima do futebol sul-americano não se manifestou até o momento. Essa não foi a primeira vez que o acidente da Chapecoense foi usado como provocação por rivais.

Em abril do ano passado, torcedores do Criciúma gritaram “ão, ão, ão, abastace o avião” após vitória por 1 a 0 no Campeonato Catarinense. Em Portugal, uma organizada do Porto cantou “quem me dera que o avião da Chapecoense fosse do Benfica”.

O avião que levava a delegação da Chapecoense caiu nas cercanias de Medellín (COL) no dia 29 de novembro de 2016. 71 das 77 pessoas a bordo morreram no acidente, incluindo 19 jogadores, jornalistas e toda a comissão técnica do clube catarinense.

Sobreviveram na tragédia os jogadores Jakson Follmann, Alan Ruschel e Neto, além do jornalista catarinense Rafael Henzel e dos comissários bolivianos Ximena Suárez e Erwin Tumiri.