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Diretor do Barça: "Neymar não tem direito de cobrar algo que não cumpriu"

Stephane Mahe/Reuters
Imagem: Stephane Mahe/Reuters

Do UOL, em São Paulo

04/02/2018 08h49Atualizada em 04/02/2018 09h28

O diretor esportivo do Barcelona Jordi Mestre concedeu entrevistas ao Mundo Deportivo e Sport publicada neste domingo (04) e Neymar foi um dos assuntos comentados pelo dirigente. Para ele, o brasileiro não tem direito de pedir nada ao clube catalão.

O atacante acionou o Barcelona na Justiça solicitando o valor de 43 milhões de euros (cerca de R$ 170 milhões) relativo à segunda parcela de sua renovação com o clube em 2016, mas que não foi paga por ele ter selado a sua transferência para o PSG no ano seguinte. 

“Moralmente ele não tem direito de pedir algo que não cumpriu. Eu acredito que se oferecemos condições a ele, era pra que fossem cumpridas. Se não cumpre, não tem porque cobrar. A justiça vai decidir”, comentou o dirigente.

Jordi Mestre foi questionado ainda se está decepcionado com o brasileiro. “Por esse motivo, sim”, respondeu referindo-se à cobrança de Neymar na justiça.

O jornalista do Mundo Deportivo, então, questiona se somente por esse motivo o dirigente do Barcelona está decepcionado com o brasileiro. “E pela atitude que tiveram durante a transferência no ano passado”, disse.

Em entrevista ao também jornal catalão neste domingo, Jordi Mestre afirmou que o pai e Neymar "não foram transparentes". 

"Ele não falou nada pra gente. Se ele tivesse falado algo, o PSG poderia ter ficado com ele por menos dinheiro e teria nos custado menos dinheiro. O comportamento de Neymar inflacionou o mercado. 

O dirigente foi questionado sobre o motivo do comportamento do ex-Barcelona. "Ele viu que nunca seria o número um enquanto Messi estiver no Barça e evidentemente só terá um Messi. Ele colocou na cabeça que para ser o número 1 deveria sair do Barcelona e é legítimo que pense assim”, explicou.

E, afinal, o que sentiu o Barcelona com a saída do Neymar? "Foi um pequeno terremoto, porque desaparecia o tridente e Valverde, que tinha  acabado de chegar ficou sem ele. Não enlouquecemos e foi feito um bom trabalho”, ressaltou.