Andrés nega risco de perder Parque São Jorge e irá se licenciar da Câmara
O novo presidente Andrés Sanchez tem uma prioridade nos dias iniciais de mandato no Corinthians: entrar em acordo com a Caixa Econômica Federal para renegociar um formato de pagamento para a Arena do clube. Em entrevista coletiva nesta terça-feira (6), Andrés ainda reafirmou uma promessa de campanha e disse que irá se licenciar por um período, ainda não definido, da função de deputado federal.
"Ainda não deu tempo, mas até o Carnaval espero ir até Brasília [para licenciar]. Vou assinar todos os papéis, vou passar algumas coisas para outros deputados e vou me licenciar pelo máximo de tempo que puder, para me dedicar 100% para o Corinthians", declarou Andrés.
Em sua entrevista, o presidente corintiano explicou ainda que a dívida da Arena atualmente é de R$ 1,170 bilhão, que as conversas com a Caixa Econômica Federal foram reiniciadas na segunda-feira por Luís Paulo Rosenberg, diretor de marketing, e que essa será sua prioridade. Em nota oficial na segunda-feira, o clube havia dado posicionamento sobre o tema.
Segundo informações divulgadas pelos jornais "Folha de S. Paulo" e "O Globo", a Caixa estaria ameaçando executar as garantias para receber o empréstimo dado ao clube para construir a Arena Corinthians. Entre as garantias está o Parque São Jorge, sede social do clube. Andrés, porém, negou a possibilidade de perder o imóvel.
"Todos sabem como foi feita a Arena, não fiz nada sozinho, foi aprovado pelo Conselho e pelo CORI (Conselho de Orientação Fiscal). É a prioridade do mandato resolver a engenharia financeira e jurídica com Caixa e Odebrecht. (...) Não corre risco [de se perder o Parque São Jorge]. Foi uma notícia desencontrada, teve desmentido, sentamos ontem em negociações e espero que mais rápido se chegue a um denominador comum", afirmou.
Andrés ainda fez uma analogia sobre a situação do Corinthians. "É como a pessoa que foi mandada embora do emprego e tem que renegociar. Ninguém quer deixar de pagar e ninguém receber. Vamos negociar, foi aprovado no Conselho. O Rosenberg que fez a parte financeira e o Machado Meyer [escritório de advocacia] que fez a parte jurídica. Essas pessoas vão voltar a participar", disse.
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