Vasco aprova plano de sócios com inflação de 900% na taxa de adesão
Com 98 votos contra 62, o Conselho Deliberativo do Vasco aprovou nesta segunda-feira a proposta do novo presidente, Alexandre Campello, que sugeriu a reabertura da categoria "sócio-geral", um reajuste nos valores do "sócio-proprietário" e um desconto de 20% para mulheres que quiserem se associar nestes dois planos. Os valores do sócio-geral agora são de R$ 2 mil de taxa de adesão e mais R$ 70 mensais. A verba para se pagar a joia aumentou em 900%, já que quando foi fechada, em 2015, custava R$ 200.
Quem quiser se tornar sócio-proprietário terá que desembolsar R$ 2.500 de taxa e mais R$ 80 de mensalidade.
Vale ressaltar que a reabertura do sócio-geral é uma prerrogativa exclusiva de competência do presidente Alexandre Campello. O dirigente, aliás, defendeu os valores apresentados.
"A curto prazo o Vasco é, entre os clubes do Rio, o que dá mais possibilidade ao sócio de fazer o menor investimento para ter direito a voto", declarou em relação ao trio Botafogo, Flamengo e Fluminense.
Aliados do mandatário, como o vice de marketing, Bruno Maia, defendem que o aumento dos preços evitará possíveis "mensalões" na próxima eleição do clube em 2020 (veja abaixo). Tal prática foi utilizada no pleito deste ano.
A maioria dos conselheiros que votaram contra são aliados de Julio Brant e que foram eleitos após o ex-candidato vencer a eleição entre os sócios. O executivo, aliás, protestou.
"Aumentar a adesão do sócio-geral para R$ 2 mil é ignorar mais uma vez o desejo do torcedor vascaíno que quer votar no clube, é fechar ainda mais o Vasco, é contra a democracia que tanto brigamos na campanha. O Campello venceu com os votos do Eurico e com a defesa do Eurico. Ele, Campello, não teve sequer coragem de ir à tribuna defender e explicar o aumento. Quem fez isso foi o Eurico. Isso mostra o peso do ex-presidente na gestão Campello", atacou.
Reforma do estatuto
Além da proposta em relação aos planos, foi debatida também a formação de uma comissão que visa reformar o estatuto do clube. Entre os membros estão nomeados quatro ligados a Campello, três a Eurico e um a Brant. Existe a possibilidade de que mais um ligado a Brant seja incluído.
Entre os principais temas sugeridos na reforma está o de tornar a eleição presidencial do Vasco direta. Atualmente ela funciona com um pleito entre os sócios para eleger as chapas e outro restrito aos conselheiros.
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