MP pede condenação ao Vasco por construção irregular de CT no Rio
A nova diretoria do Vasco terá mais um problema para resolver. Nesta quarta-feira, o Ministério Público Federal (MPF-RJ) pediu a condenação do Vasco e do município de Duque de Caxias pela construção irregular de um centro de treinamento na região. De acordo com o órgão, as obras foram feitas em área de manguezal e sem licença ambiental. O valor estipulado de indenização ao Cruzmaltino é de R$ 500 mil.
De acordo com o MPF, no terreno situado na rodovia Washington Luiz houve um aterramento que causou um acelerado processo de descaracterização e supressão da vegetação de mangue. A degradação ambiental atingiu uma área de cerca de 1 mil metros quadrados.
A construção do CT, voltado para a base, aconteceu em 2007, na gestão Eurico Miranda em parceria com o prefeito Washington Reis. Desde sempre, ela enfrentou obstáculos. Na época, a “Associação Ecocidade” moveu ação civil pública para interromper as obras. Houve ação também no âmbito estadual, que paralisou os trabalhos e gerou um termo de ajustamento de conduta (TAC) com o clube e órgãos ambientais estaduais, em que ficaram definidos o reflorestamento da área degradada e a construção de uma faixa marginal de proteção do manguezal. Contudo, além de o clube não ter cumprido algumas obrigações do TAC, a área em questão pertence à União, por isso o MPF defende que os danos causados devem ser analisados na Justiça Federal.
O terreno foi doado pela União ao Vasco, que repassou metade ao município para a construção de um hospital. Em contrapartida, o município se dispôs a realizar obras do CT no local. Durante o processo, foi realizada perícia, que confirmou as alegações da. O MPF pede ainda que o Cruzmaltino deixe de exercer qualquer atividade no local e exige também a condenação do IBAMA e do INEA por omissão na fiscalização.
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