Lesão de Neymar: mídia francesa falam em rixa no PSG e papo tenso com a CBF
A imprensa francesa relatou nesta sexta-feira (2) o que seriam os bastidores da decisão da cirurgia de Neymar. A indefinição no tratamento e o desencontro de discursos no Paris Saint-Germain teriam exposto uma rixa interna no clube francês, segundo o jornal 'Le Parisien'. Já o 'L'Equipe' trouxe detalhes da reunião entre representantes da CBF, do atacante e do PSG, que teria sido obrigado a ceder à vontade do jogador de operar.
Segundo o 'Le Parisien', a comissão técnica liderada por Unai Emery e a equipe médica do Dr. Eric Rolland vivem sob tensão há meses. O clima teria piorado ainda mais após o treinador ter recebido a informação de que Neymar teria sofrido apenas uma fissura no pé, quando na verdade se tratava de uma fratura completa no local.
A publicação destacou que tal desencontro obrigou Emery a se explicar em entrevista coletiva dias após ter falado que Neymar ainda tinha chances de jogar contra o Real Madrid - jogando a responsabilidade na equipe médica pela avaliação equivocada. “Mais uma versão de ‘não sou eu, é ele’”, escreveu o jornal francês.
O clima de desconfiança na relação entre a equipe médica e a comissão técnica vem desde o fim do ano passado, quando as partes se desentenderam durante a lesão de Thiago Motta. Primeiro, uma cirurgia foi descartada e, depois de quase 15 dias, o PSG anunciou a operação para corrigir o problema no menisco do joelho direito, que foi realizada nos EUA.
Por fim, o “Le Parisien” fala de um mal-entendido entre o Paris Saint-Germain e Neymar. A publicação exalta as declarações do pai do atacante brasileiro, que disse que o caso do filho era cirúrgico antes mesmo de o clube anunciar a operação. Então, o jornal fecha a matéria com a seguinte frase: “A questão que fica em Paris é: Neymar é muito grande para o PSG?”.
Também nesta sexta-feira (2), o jornal “L’Equipe” narrou o que seriam os bastidores da lesão de Neymar, com detalhes da reunião em que foi decidida a realização da cirurgia. A publicação detalhou tudo o que ocorreu desde domingo (25) – quando o brasileiro caiu em campo na vitória sobre o Olympique de Marselha (no Campeonato Francês) – e destacou uma certa tensão na reunião entre a CBF, representada pelo médico Rodrigo Lasmar, e o PSG, representado pelos médicos Eric Rolland e Gerard Saillant, realizada na quarta-feira. O motivo teria a demora em diagnosticar com precisão a lesão.
Desde que houve a contusão, o clube evitou divulgar informações oficiais. Porém, na segunda-feira, o UOL Esporte e outras publicações pelo mundo apuraram que o departamento médico havia informado Neymar que ele sofrera um leve entorse no tornozelo direito. A fratura no quinto metatarso só teria sido diagnosticada após novo exame feito na segunda-feira. Na terça, o técnico do PSG negou que a definição sobre a cirurgia já teria sido tomada, negando informações divulgadas por vários jornais e site do mundo, incluindo o UOL Esporte, que Neymar seria operado.
“Houve uma reunião com certa tensão [entre CBF e o clube francês]. Alguns ficaram surpresos: como é possível que o problema no quinto metatarso não tenha sido encontrado anteriormente. No fim da tarde, antes do clássico contra o Marselha (28 de fevereiro, pela Copa da França), o PSG anunciou a cirurgia. O clube decidiu aceitar os desejos de Neymar”, escreveu o jornal “L’Equipe”.
O jornal diz ter ouvido um cirurgião renomado. Ele teria explicado à reportagem do "L'Equipe" que dependendo do tipo do exame que foi realizado logo em seguida da lesão, realmente há grandes chances de não identificar a fratura em um primeiro momento.
Após isso, os médicos do PSG precisaram explicar ao técnico Unai Emery que os últimos exames realizados em Neymar mostraram a fratura e que havia riscos caso não fosse feita a cirurgia. Ainda segundo a publicação francesa, esse seria o motivo pelo qual o treinador chegou a cogitar em entrevista coletiva na terça-feira o retorno do brasileiro no duelo contra o Real Madrid, em 6 de março, pela Liga dos Campeões.
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