Topo

Antes de viver fase difícil, Fred contrariou família e estafe pelo Cruzeiro

Fred contrariou família para defender o Cruzeiro - Thomás Santos/AGIF
Fred contrariou família para defender o Cruzeiro Imagem: Thomás Santos/AGIF

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

05/04/2018 04h00

A grave lesão no joelho direito faz com que Fred viva a fase mais complicada desde que voltou ao Cruzeiro. E mesmo que sofra com a lesão, o centroavante está feliz por ter o seu pedido atendido. Ele teve que contrariar família e estafe para defender as cores do clube.

A contrariedade dos parentes era devido à ida para um clube rival. Os agentes, no entanto, tinham em mãos uma oferta bem maior que a feita para voltar à Toca da Raposa II.

Ao rescindir o contrato com o Atlético-MG, em dezembro do ano passado, o camisa 9 escutou do pai, Juarez Guedes, e da esposa, a publicitária Paula Armani, que mudar para a Toca da Raposa II não era uma boa opção. Eles temiam as ofensas vindas dos torcedores do ex-clube.

Os empresários do jogador também eram contra a ida para o arquirrival. A escolha do estafe, entretanto, se devia à ótima oferta vinda do Qatar - o clube não é revelado. O valor do salário (cerca de R$ 2 milhões) era bem superior aos R$ 900 mil mensais oferecidos pelos mineiros - o montante inclui vencimento e premiação por artilharias e taças.

Independentemente das escolhas distintas de Fred, familiares e estafe, o Cruzeiro entrou na briga para contar com o atacante em seu elenco.

"O Atlético Mineiro já demonstrava para ele e para o procurador o interesse de rescindir. O Cruzeiro tinha três nomes e um deles era o Lucas Pratto, que não deu certo. Quando vimos que o Atlético fez a rescisão e não queria mais o Fred, aí o Cruzeiro entrou. O Fred recusou uma proposta grande para ficar no país", disse Itair Machado, vice de futebol do Cruzeiro, ao UOL Esporte.

Apesar de toda a força contrária, o jogador disse "sim" à oferta do Cruzeiro e assinou contrato até o fim de 2020. O acordo foi firmado um dia após o anúncio da rescisão com o Atlético-MG.

A ideia do centroavante era ficar perto da esposa Paula Armani e das filhas, Júlia e Geovanna Guedes. Mesmo com a oferta do exterior, a preferência era ficar em Belo Horizonte até o fim da carreira.