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Santos tenta acabar com concentração, mas Jair é contra e faz clube recuar

Diretoria queria economizar com fim das concentrações, mas comissão convenceu a manter - Ivan Storti/SantosFC
Diretoria queria economizar com fim das concentrações, mas comissão convenceu a manter Imagem: Ivan Storti/SantosFC

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

17/04/2018 04h00

O presidente José Carlos Peres tentou acabar com as concentrações no Santos, mas recuou após uma reunião com o departamento de futebol. O técnico Jair Ventura foi contra a iniciativa da diretoria e, por conta disso, a cúpula alvinegra decidiu manter o esquema tradicional para não criar polêmica com o treinador e sua comissão técnica.

Os cartolas projetavam realizar mudanças distintas para jogos na Vila Belmiro e no Pacaembu, já que o Santos utiliza os dois estádios como mandante. Na Vila, a ideia era acabar com a concentração na maioria dos jogos do Santos, reunindo o time apenas em partidas decisivas.

No Pacaembu, por sua vez, a estratégia era concentrar no CT Rei Pelé e subir a Serra do Mar no dia do jogo. A diretoria alega que o clube paulista economizaria com os custos de hotéis, que variam entre R$ 50 mil e R$ 70 mil por jogo.

Como o clube paulista carrega uma dívida de quase R$ 500 milhões, a diretoria procura diversos métodos de redução de custos. Com média de quatro partidas em casa por mês, eles acreditavam que economizariam bastante com o fim das concentrações.

Os dirigentes santistas ainda ressaltavam que o elenco tem toda estrutura no CT Rei Pelé, incluindo o Hotel Recanto dos Alvinegros. Já o departamento de futebol rebatia alegando riscos de cansaço da viagem em cima da hora, além de imprevistos na estrada, como acidentes, por exemplo, o que poderia atrapalhar ou até impedir a equipe santista de chegar a uma eventual partida em São Paulo.

A assessoria de imprensa do Santos confirma que José Carlos Peres pretendia acabar com a concentração na maioria dos jogos, mas mudou de ideia após conversa com o departamento de futebol. Jair Ventura, por sua vez, prefere não polemizar. Nos bastidores, ele nega qualquer insatisfação porque nunca houve uma imposição sobre o tema. Ele afirma, no entanto, que a decisão pela manutenção das concentrações foi decidida em uma conversa entre diretoria e comissão técnica.