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Rodrygo faz trabalho especial para suportar 90 minutos em campo

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Desde que virou titular, Rodrygo nunca disputou uma partida inteira pelo Santos

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

26/04/2018 04h00

O atacante Rodrygo, considerado a principal revelação do Santos depois das gerações Robinho, Neymar e Gabigol, é um dos destaques do time na temporada. Entretanto, o novo Menino da Vila sempre pressionou indiretamente o técnico Jair Ventura. Antes de ser titular, a torcida pedia a sua presença entre os 11 titulares. Agora que assumiu o lugar, os torcedores reclamam ao ver o jogador ser substituído pelo treinador.

A cena sempre se repete em jogos do Santos em 2018. Desde que ganhou a posição no clássico contra o Corinthians, pelo Campeonato Paulista, em março, Rodrygo nunca disputou uma partida inteira. A substituição se repetiu na última partida santista, diante do Estudiantes, pela Libertadores, na Vila Belmiro, e causou irritação na torcida mais uma vez.

Jair Ventura acredita que Rodrygo não suporta jogar os 90 minutos e, por conta disso, sugeriu uma espécie de trabalho especial para ver a revelação santista mais forte e veloz durante toda a partida.

O trabalho é comandado pelos profissionais da preparação física do Santos. Eles utilizam suplementos e muitos treinos físicos na academia do clube. A estratégia também conta com o apoio dos nutricionistas do clube, pois a alimentação do jogador teve de mudar após ele emplacar na equipe principal.

“Tenho me dedicado bastante. Fiz trabalhos na academia, tomo suplementos e me hidrato muito bem. Isso é um processo, aos poucos vou amadurecendo. É isso que vai me ajudar a terminar uma partida, jogar os 90 minutos”, afirmou Rodrygo.

O problema é que o trabalho é realizado em processo lento pois o jogador tem atuado em todos os jogos. Segundo os profissionais do clube, o descanso é importantíssimo neste caso.

Sem aguentar 90 minutos, Rodrygo é o principal candidato a deixar o time para o retorno de Bruno Henrique, recuperado de cinco lesões na retina do olho direito. A briga pela posição foi adiada pois o camisa 11 sofreu um edema muscular na coxa esquerda e só volta aos gramados daqui a três semanas.

Conselheiros e torcedores esperam a saída de Jean Mota do time e a utilização do quarteto ofensivo formado por Rodrygo, Eduardo Sasha, Bruno Henrique e Gabigol. Como nenhum deles sabe atuar centralizado na armação das jogadas, Jair Ventura, inicialmente, deve sacar um deles.