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Atlético-MG mantém Larghi como interino e decidirá situação após a Copa

Thiago Larghi tem alcançado bons resultados, mas ainda não está definido para 2018 - Bruno Cantini/Atlético-MG
Thiago Larghi tem alcançado bons resultados, mas ainda não está definido para 2018 Imagem: Bruno Cantini/Atlético-MG

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

09/05/2018 13h59

Thiago Larghi já está há tanto tempo no Atlético-MG (desde o sábado de Carnaval) sem ser efetivado que seu cargo se confunde para torcedores, jogadores e profissionais da imprensa. Mas a diretoria do clube mineiro segue tratando o ex-auxiliar de Oswaldo de Oliveira como técnico interino. Nessa quarta-feira, o presidente Sérgio Sette Câmara estipulou um prazo para discutir a situação do comandante e afirmou que seu futuro como treinador fixo só será definido após a Copa do Mundo.

"Aconteceu que, até agora, eu não encontrei um técnico que se encaixe no perfil dele, e nós tivemos ele na condição de auxiliar e pode ser que eventualmente apareça algum treinador que possa vir a colocar no lugar do Thiago e ele volte a condição de auxiliar. Mas eu confesso a vocês, obviamente, que a situação era uma e vem se transformando nesses jogos, é possível que saia da condição de interino e seja efetivado, mas farei isso com muita tranquilidade e não será antes da Copa do Mundo. Vamos esperar para fazer avaliação e aí, vamos ter intertemporada, etc, e a gente vê se ele continua ou com outro treinador se for o caso, mas a tendência me parece que é ele ficar como técnico efetivo do clube, mas não estou efetivando ainda, para nós essa situação aqui não importa", comentou Sette Câmara, em entrevista ao canal ESPN.

Atualmente, Larghi já soma 23 partidas como interino do Atlético. No final de abril, ele igualou o mesmo número de jogos que seu antecessor Oswaldo de Oliveira. No final de 2017 e início de 2018, Oswaldo comandou o Galo por 20 vezes, venceu oito, empatou nove e perdeu três, alcançando um aproveitamento de 55% de aproveitamento. Hoje, Larghi conta com um rendimento ligeiramente melhor e com três jogos a mais: 59% de aproveitamento, 23 jogos, 12 vitórias, cinco empates e seis derrotas.

O rendimento superior ao antecessor, o padrão de jogo dado à equipe e a melhora do time mesmo com carências evidentes contam a favor de Larghi no Atlético. Dentro do clube, os jogadores já abraçaram as ideias do técnico, que também ganhou a aceitação de parte da torcida. Sua permanência, no entanto, segue como incógnita.

Presidente voltou a preterir a Sul-Americana

Questionado sobre a postura do Atlético em abrir mão da Sul-Americana ao optar por utilizar jogadores reservas na última terça-feira, Sérgio Sette Câmara voltou a reafirmar o desinteresse do clube em disputar a competição, para ele, pouco atrativa financeiramente.

"A verdade é que a Sul-Americana, de todas as três que estamos participando, é a menos interessante, ou era, não apenas pelo aspecto financeiro, mas também porque ela te impõe deslocamentos complicados, logísticas complicadas que são pagas pelo clube, então nesse aspecto levando em consideração esses fatores, de desgaste físico dos atletas, de prioridade a busca de alcance de objetivos, onde nós queremos chegar e achamos que temos condição de chegar. Também tem questão de despesa, pagamentos, transporte e etc em parte daquilo que a gente recebe da Conmebol por passar de fase... não tenho dúvida nenhuma que escolhemos o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil como prioridade, não significa dizer que o clube tenha entrado na Copa Sul-Americana desprezando", concluiu.