Andrés prometeu "mudar Corinthians em cem dias", mas avanço foi tímido
Andrés Sanchez voltou ao comando do Corinthians no começo de fevereiro. Antes mesmo de derrotar outros quatro candidatos na tumultuada eleição alvinegra, o dirigente disse que "mudaria o clube em cem dias", repetindo o discurso em algumas entrevistas concedidas após a vitória.
O presidente do Corinthians completou nesta segunda-feira cem dias à frente do clube e conseguiu desatar poucos nós, embora esportivamente os resultados tenham sido conquistados. Sob o comando do técnico Fábio Carille, a equipe alvinegra, com a base montada ainda na gestão Roberto de Andrade, desbancou o Palmeiras e ergueu a taça do Campeonato Paulista.
A maior parte dos problemas do Corinthians está ligado às finanças do clube. O time, por exemplo, segue em um patrocinador máster. Ao todo, o clube vive de acordos pontuais há exato um ano, mesmo com os resultados esportivos obtidos nos últimos meses.
Desde o retorno de Andrés à presidência e Luis Paulo Rosenberg à diretoria de marketing, a equipe atuou duas vezes com uma marca no principal espaço do uniforme - isso aconteceu na estreia do Campeonato Brasileiro e na última partida da equipe, sempre com acordos pontuais.
No ano passado, depois da falta de acordo com a Caixa, que diminuiu a oferta para continuar como parceira, o Corinthians conseguiu patrocínios pontuais nas finais do Estadual e na maior parte do segundo turno do Brasileirão. O fato, porém, não se repetiu nas decisões contra o Palmeiras, semanas atrás. Em contato com a reportagem, Andrés disse que patrocínios serão anunciados em breve.
Renegociação segue lenta
O Corinthians ainda busca uma solução para a aceleração do pagamento da Arena. Em entrevista ao UOL Esporte em dezembro passado, ainda como candidato, Andrés disse que a reorganização financeira era uma prioridade e que a saída da Odebrecht era "questão de tempo" [relembre aqui]. Nos últimos cem dias, entretanto, nenhum acordo com a construtora foi anunciado.
O clube também não avançou em relação aos naming rights diante de um cenário de extrema dificuldades para pagar o financiamento do BNDES via Caixa Econômica. O dirigente, em entrevista coletiva concedida no mês passado, disse que o clube voltou a repassar as parcelas integralmente.
"A parte do Corinthians é de R$ 400 milhões ou uns R$ 470 milhões, com a correção. Pagamos uma parcela de R$ 5 milhões e 960 mil na sexta-feira, dia 13, depois de oito ou nove meses", disse o dirigente na ocasião.
Vale lembrar que o próprio Andrés afirmou na mesma entrevista ao UOL Esporte, em dezembro, que o clube havia reiniciado os pagamentos no fim de 2017. Àquela altura, quatro parcelas tinham sido pagas, de forma parcial.
Quase cinco meses depois, Andrés ressaltou que a negociação com a Caixa avançou nos últimos meses. O clube, segundo o mandatário corintiano, agora se debruça sobre negociação dos Cids (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento) para depois, em uma terceira fase, negociar a saída da Odebrecht do estádio.
Mudanças na ideia de montagem do elenco
Andrés mudou bastante o modo de comando do futebol. Mais próximo do departamento na comparação com o antecessor, o dirigente participa ativamente de negociações de atletas - Duílio Monteiro Alves, velho parceiro, está à frente da diretoria.
A ideia de Andrés é apostar em contratações de atletas jovens e desconhecidos para, segundo o dirigente, montar times fortes em médio prazo. Nos últimos meses, o Corinthians, sob a gestão do dirigente, contratou oito jogadores. Entre eles Fessin e Matheus Matias, do ABC, a dupla Thiaguinho e Bruno Xavier, do Nacional, além dos experientes Ralf e Roger.
Em contrapartida, muitos atletas foram emprestado pelo Corinthians. A lista traz o zagueiro Yago, os laterais Romão e Moisés, o volante Jean, os meias Camacho e Giovanni Augusto e os atacantes Carlinhos e Lucca.
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