"Ato trabalhista" paga 4 milhões e reduz dívida do Paraná na Justiça
Celebrado pela diretoria como uma grande solução para os problemas do Paraná Clube na Justiça, o “ato trabalhista” – uma intervenção judicial no clube, que retém 20% da arrecadação para quitar dívidas na justiça – pagou nesta semana cerca de 4 milhões de reais em débitos trabalhistas. O montante reúne 40 processos e é estimado em 25% do valor global das dívidas nesse segmento.
Em vigor desde 28 de março, o acordo com a Justiça fez neste mês a primeira quitação com seus credores. Com a medida, o Paraná pôde ter fluxo de caixa, uma vez que as dívidas vinham penhorando receitas do clube. O acordo determina que 20% das receitas sejam destinadas a esse pagamento enquanto que 80% ficam para a gerencia diária do clube. Não há prazo para se encerrar o acordo, que perdurará até o final das dívidas.
Na prática, a Justiça nomeou um interventor para o clube enquanto retém as receitas. A escolha foi pelo próprio presidente Leonardo de Oliveira, que recebe 25 mil reais mensais para o trabalho, por determinação da lei. Oliveira tem a obrigação de manter as finanças em dia, não atrasar os pagamentos e evitar novas ações judiciais, sob pena de responder a novas dívidas ou erros com seu próprio patrimônio.
O clube terá eleições em setembro, mas a função do interventor é independente do cargo de presidente, podendo ser mantida pela Justiça, mesmo em caso de derrota nas urnas. Isso tem movimentado um debate político interno, entre o grupo de Oliveira e uma articulação de opositores, que já pensam em lançar chapa.
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