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Cruzeiro cita condenado por homicídio no Horto e critica relação com o Galo

Thiago Fernandes e Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

20/05/2018 11h03

O Cruzeiro segue indignado com o problema ocorrido no revés para o Atlético-MG, no estádio Independência. O diretor de futebol Marcelo Djian fez pronunciamento na manhã deste domingo (20) e acusou o rival de liberar a entrada de um condenado por homicídio em um camarote ao lado do cedido à cúpula celeste.

O dirigente acusa o rival de ter liberado a entrada de um membro de organizada, condenado por homicídio triplamente qualificado de um conselheiro cruzeirense (Antônio Pereira da Silva Filho), no camarote ao lado da diretoria. O clube se refere a Paulo Márcio Nascimento Cândido. Ele teria assassinado Antônio em 2011 e foi condenado pelo caso no fim de 2017.

"Acabamos não dando entrevistas ao fim do jogo, porque o nosso corpo de segurança detectou que um desses torcedores havia sido condenado pela morte de um conselheiro cruzeirense. Achamos realmente que essa atitude atingiu o fundo do poço na relação entre Cruzeiro e Atlético", declarou Marcelo Djian.

Dirigentes do Cruzeiro entram em discussão com torcedores do Atlético-MG - Vinnicius Silva/Divulgação/Cruzeiro - Vinnicius Silva/Divulgação/Cruzeiro
Dirigentes do Cruzeiro entram em discussão com torcedores do Atlético-MG
Imagem: Vinnicius Silva/Divulgação/Cruzeiro

Mesmo que haja bronca da diretoria do Cruzeiro com o Atlético, o diretor de futebol reconhece que há erros dos dois clubes nas organizações do clássico. O Galo se queixa do pós-jogo na finalíssima do Mineiro, no Mineirão:

"Tanto Cruzeiro quanto Atlético não têm conduzido bem a organização desses clássicos. Ontem, a indignação foi muito grande porque fomos mudados de camarote. Por nossa surpresa, chegamos a um camarote, que era o último. Os outros estavam divididos entre comissão técnica, diretoria, presidência e vice-presidência. Quando fizemos a inversão desses camarotes, chegaram torcedores de uma organizada e ficamos cercados. Com o intuito de ficar insultando, de atrapalhar que víssemos o jogo", relatou.

"Ficaram fazendo isso o jogo todo. Até que, no intervalo, pedimos intervenção da Polícia Militar. Companheiros de vocês fizeram a imagem de alguns torcedores, que estavam bem nervosos.  A presidência, que conversamos, sabe que Cruzeiro e Atlético é muito maior que isso e algo tem que ser diferente para os próximos jogos", acrescentou.