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Cruzeiro cumpre profecia de Mano, que explica reação na Libertadores

Mano Menezes comanda Cruzeiro em duelo com o Racing na Copa Libertadores - DOUGLAS MAGNO/AFP
Mano Menezes comanda Cruzeiro em duelo com o Racing na Copa Libertadores Imagem: DOUGLAS MAGNO/AFP

Enrico Bruno e Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

23/05/2018 08h04

Há pouco mais de um mês, Mano Menezes foi perguntado sobre possível eliminação do Cruzeiro na fase de grupos da Libertadores. A indagação irritou o técnico à época. Na noite dessa terça-feira (22), o gaúcho deixou o Mineirão como líder da chave ao ver os seus comandados vencerem o Racing, da Argentina, por 2 a 1Clique aqui e assista aos gols.

A vitória cumpriu a previsão do técnico, que prometeu a classificação do time logo após o empate com a Universidad de Chile, em 0 a 0, fora de casa, na terceira rodada da competição.

Na ocasião, ao ser indagado sobre uma possível queda na fase de grupos, o técnico declarou: "Não vai ser [eliminado], não vamos falar sobre eliminação ainda. Nós vamos falar de eliminação agora por quê? Quando formos eliminados, você fala de eliminação. Não fomos eliminados".

A campanha até ali era tida como desastrosa. Na estreia do torneio, o Cruzeiro foi derrotado pelo Racing por 4 a 2 na Argentina. No jogo seguinte, os mineiros não saíram de um empate sem gols com o Vasco, em pleno Mineirão. O resultado foi idêntico diante da La U, no Chile. Com dois pontos em nove possíveis, a Raposa via a classificação bem distante. Mas não o técnico Mano Menezes.

O gaúcho estava confiante que sua equipe poderia dar a volta por cima e chegar às oitavas de final da Copa Libertadores da América. Após aquele duelo, o time fez 7 a 0 na Universidad de Chile no Mineirão e goleou o Vasco por 4 a 0 em São Januário. Bastava somente um triunfo simples contra o Racing para terminar a chave como líder do Grupo 5 da Libertadores, o que a equipe obteve na noite dessa terça-feira.

Na semana anterior à vitória do Cruzeiro sobre o Racing, Mano Menezes concedeu entrevista ao UOL Esporte, classificou o mau momento da equipe no torneio como uma "derrapadinha" e explicou como mudou o time.

"A força para reagir veio da temporada. Como tu disseste no teu preâmbulo da pergunta, o Cruzeiro teve uma derrapadinha, perdeu a primeira partida da final, levou três gols em 12 minutos, o que a gente pode considerar algo atípico dentro de qualquer jogo, ainda mais em uma final, mas teve competência, virou o segundo jogo e foi campeão", afirmou.

"Na Libertadores, só tinha tido um resultado fora do normal, que era o empate com o Vasco da Gama dentro do Mineirão. Foi um jogo entre as finais do Mineiro. Por mais que você fale, a cabeça do jogador estaria no segundo jogo da final para tentar a recuperação. Foi um jogo arrastado e não tivemos a força necessária. O resto estava tudo dentro do normal", acrescentou.