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Rápida ascensão e elogios de Tite surpreenderam o próprio Dedé no Cruzeiro

Zagueiro voltou com tudo em 2018 e já é um dos principais nomes do Cruzeiro - Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.
Zagueiro voltou com tudo em 2018 e já é um dos principais nomes do Cruzeiro Imagem: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

23/05/2018 16h22

Quem vê o zagueiro Dedé atuar hoje pelo Cruzeiro pode até imaginar que o jogador está há anos ao lado de Léo. Depois que voltou de lesão, em fevereiro, é difícil imaginar que o camisa 26 ficou oito meses parado e retornou com um futebol de alto nível em tão pouco tempo. A evolução e o resgate desse futebol surpreenderam até mesmo o 'Mito', que virou um dos pilares no sistema defensivo do Cruzeiro e um dos atletas suplentes de Tite para a Copa do Mundo.

"A expectativa de chegar no alto nível foi sempre grande, mas imaginei chegar em passo curtos, sempre na humildade, devagar, trabalhando, para ver se eu recuperava minha posição. Nunca tive medo de voltar diferente do que eu era em 2013 e 2014. Mas eu concordo com vocês que foi muito rápida essa minha ascensão. Até a situação, que foi bonita demais no meu modo de ver, foi uma coisa de me da muito orgulho, não só para mim, mas para toda a minha família, a situação da Seleção. Isso eu não esperava, não imaginava", contou o zagueiro, em entrevista ao canal Sportv.

Na segunda-feira da semana passada, Tite quebrou o protocolo e citou o nome de Dedé como um dos jogadores na lista de suplentes para a Copa do Mundo. A notícia caiu em ótima hora para o zagueiro, que celebrou muito a lembrança e homenagem do treinador da Seleção. Horas depois de ser lembrado, Dedé foi às lágrimas em sua entrevista na Toca da Raposa.

Dedé comemora gol - Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C. - Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.
Imagem: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.

Depois de oito meses afastado e mais de três anos entre idas e vindas ao departamento médico, o retorno do zagueiro aconteceu no dia 24 de fevereiro, contra o Boa Esporte, pelo estadual. Na época, a zaga do Cruzeiro era formada por Léo e Murilo, e Dedé costumava ser escalado apenas em jogos com o time misto. Mas ele precisou de apenas mais seis jogos para provar que merecia começar jogando. Adquiriu a titularidade na final contra o Atlético-MG, foi impecável na defesa e não perdeu mais o posto. Hoje, Dedé já entrou em campo em 16 dos 29 compromissos do Cruzeiro no ano, todos na condição de titular.

"Desde o primeiro jogo, contra o Boa Esporte, eu me senti muito diferente das outras voltas, muito bem. Atingi velocidade que não atingia desde 2011. Eu sempre saio do jogo, procuro tudo que eu realizei fisicamente, na fisiologia, e eles tinham me passado isso. Então, ali eu encarei que a minha volta foi diferente. Aquilo me deu uma confiança de me mover tranquilo, de forças todas as jogadas, de arriscar em velocidade. No primeiro jogo já estava me sentindo muito bem", completou.