Valentim 'devolveu a bola' ao Botafogo, mas viveu montanha russa no clube

Alberto Valentim teve uma passagem meteórica pelo Botafogo. Chegou em um momento que o clube estava machucado pela traumática eliminação para a Aparecidense-GO, na primeira fase da Copa do Brasil, e eliminado da Taça Guanabara pelo Flamengo. Durante seu trabalho, conseguiu fazer com que a equipe rendesse com a posse de bola, mas foi prejudicado pela oscilação do time.

Rapidamente após sua chegada, Valentim deu início ao trabalho e deixou claro que sua forma de jogar era completamente diferente da de Jair Ventura e Felipe Conceição, seus antecessores. Em vez de jogar no erro dos adversários, o Botafogo, então, passou a ficar com a posse de bola e a construir jogadas com ela nos pés.

Raramente o time de Valentim era visto esperando um erro do adversário para sair em transição rápida direto para o gol adversário. Muitos torcedores criticavam a opção de jogo utilizada nos últimos anos e viram com bons olhos as mudanças implementadas pelo técnico.

Porém, as frequentes oscilações impediram que o treinador tivesse um trabalho ainda melhor. Após ajustar o time e ser campeão carioca, o Botafogo passou a jogar futebol pobre e acumulou tropeços no Campeonato Brasileiro. Sequência ruim contra América-MG, Vitória e Ceará fez com que Valentim ficasse em xeque no cargo.

Os dois jogos antes da pausa para a Copa do Mundo seriam decisivos para a manutenção de Valentim. O bom desempenho contra Bahia e Atlético-PR tirou a pressão, e parecia que ele teria tempo para trabalhar após o recesso

De folga, Valentim foi para a Rússia acompanhar alguns jogos da Copa do Mundo. Algumas sondagens ocorreram, e rapidamente uma delas se transformou em proposta oficial. Na noite de segunda, tudo já estava decidido, mas o Botafogo só foi informado na manhã dessa terça-feira sobre a saída do treinador.