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Quarteto "NERD" lidera o São Paulo e participa de 85% dos gols do time

Nenê, Everton, Reinaldo e Diego Souza formam quarteto inseparável no Tricolor - Rubens Chiri/saopaulofc.net
Nenê, Everton, Reinaldo e Diego Souza formam quarteto inseparável no Tricolor Imagem: Rubens Chiri/saopaulofc.net

Bruno Grossi

Do UOL, em São Paulo (SP)

10/08/2018 04h00

Basta procurar fotos e vídeos do elenco do São Paulo para reparar que quatro jogadores são inseparáveis. Nas refeições, brincadeiras, treinos e resenhas, Nenê, Everton, Reinaldo e Diego Souza estão sempre juntos. Uma união que ajudou a construir um ambiente melhor no Tricolor, mas que também tem rendido resultados em campo.

Na temporada, o time paulista soma 54 gols marcados, sendo 28 (51%) distribuídos entre os quatro: dez de Diego, dez de Nenê, cinco de Everton e três de Reinaldo. Se computado apenas o Campeonato Brasileiro, competição na qual os são-paulinos balançaram as redes 27 vezes, o número de gols chega a 19 (70%).

Além do poder de finalização, os parceiros têm conseguido bom desempenho na hora de servir os companheiros. Assim, se forem levadas em conta as assistências dos quatro - menos aquelas entre eles mesmos -, a participação em gols do São Paulo em 2018 chega a 64%. No Brasileirão, o número dispara: 85%.

Everton, Reinaldo, Diego Souza e Nenê, em treino do São Paulo - Erico Leonan/saopaulofc.net - Erico Leonan/saopaulofc.net
Imagem: Erico Leonan/saopaulofc.net

Os próprios jogadores têm brincado com a eficiência e o entrosamento, dentro e fora de campo. Tanto é que, em referência aos famosos trios BBC (Bale, Benzema e Cristiano Ronaldo, que atuaram juntos no Real Madrid) e MSN (dos tempos de Messi, Suárez e Neymar e Barcelona), os tricolores criaram a própria sigla: é o quarteto "Nerd".

O nome não tem nenhuma relação com o estilo dos atletas, todos marcados pela "boleiragem" e distantes de qualquer traço "geek". Para os viciados em resenha, dominó, futevôlei e futmesa, o "Nerd" é apenas a reunião das iniciais de seus nomes.

Essa confiança dos quatro marca a reação do São Paulo na temporada. Exceção feita a Everton, que chegou e rapidamente cumpriu as expectativas, os outros três precisaram passar por momentos de provação para atingir a melhor forma e o carinho da torcida. Por isso, costumam motivar os demais companheiros no vestiário e até no aquecimento antes das partidas. Durante os jogos, também chamam a responsabilidade em momentos complicados e deixam a equipe com a casca desejada pelo técnico Diego Aguirre.