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Rodízio de Felipão ajuda Palmeiras a recuperar apostas e rodar base

Luan foi capitão do Palmeiras no jogo contra o principal rival - Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação
Luan foi capitão do Palmeiras no jogo contra o principal rival Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação

Danilo Lavieri e Leandro Miranda

Do UOL, em São Paulo

11/09/2018 04h00

Luiz Felipe Scolari conseguiu implantar no Palmeiras o tão almejado rodízio de elenco com sucesso até aqui. Com 75% de aproveitamento dos pontos e apenas uma derrota desde a reestreia, o treinador tem justificado as apostas do Alviverde no início do ano, até então bastante contestadas.

Luan é um bom exemplo. O zagueiro que custou R$ 10 milhões chegou a entrar em uma lista de "negociáveis" no meio do ano por não mostrar o desempenho esperado. Com a mudança de comando, o atleta de 25 anos subiu de produção e agradou a ponto de virar capitão do time no dérbi do último domingo.

Com ele como titular, o Palmeiras de Felipão já entrou seis vezes em campo e sofreu apenas um gol, com cinco vitórias e um empate. Não é à toa que o comandante tem elogiado bastante o atleta internamente até mesmo para o presidente do clube, Maurício Galiotte.

Deyverson, que tem enfrentado problemas extracampo, é outro bom exemplo. Contratado por quase R$ 20 milhões a pedido de Cuca, o atacante chegou a ser dado como caso perdido internamente. Felipão deu chance ao atacante no rodízio com Borja e viu o atleta responder. Até a mudança de comando, o camisa 16 não havia feito nenhum gol no ano. Com Scolari, já são quatro.

Outra aposta que chegou recentemente e ainda não tinha sido testado foi Gustavo Gómez. O zagueiro já atuou em cinco partidas e foi bem avaliado até aqui. Seu desempenho no dérbi agradou.

Borja já mostrava um bom desempenho com Roger, especialmente na Libertadores. Com Felipão, ele manteve as atuações e balançou as redes com quatro vezes na "nova era".

Para que atletas como eles conseguissem se recuperar, Felipão precisou mudar o ambiente. Ele pegou a base do trabalho tático feito por Roger e fez ajustes como pedir para que os volantes e laterais subam menos. Com sucesso, implantou o rodízio de atletas, manteve a troca de capitães e projeta chance para os da base.

Na fila estão Artur, Papagaio e Pedrão. Os três podem seguir o exemplo de Victor Luís. Prata-da-casa, o lateral esquerdo se firmou como uma opção: são sete jogos com Felipão.