Decisivo com G. Jesus, Cuca sinaliza mudança para lapidar Rodrygo no Santos
Jovem, rápido, habilidoso, franzino. Biotipo perfeito para um atacante de beirada, certo? Não necessariamente. Em sua passagem pelo Palmeiras, Cuca teve como um de seus legados a mudança e o sucesso de Gabriel Jesus, titular da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2018. Se logo no começo da carreira o atacante atuava mais pelas pontas, com o treinador ele passou a jogar mais como centroavante e viveu em 2016 a melhor fase de sua carreira – conquistou o Campeonato Brasileiro e ainda foi eleito o melhor jogador daquela edição. Agora, Cuca sinaliza fazer algo semelhante com o jovem Rodrygo. Mas não tão semelhante assim.
Se no Palmeiras Gabriel Jesus passou a atuar mais centralizado, como centroavante (foram 21 gols em 46 jogos em 2016), a ideia inicial de Cuca para Rodrygo é colocar o jogador de 17 atuando por trás dos atacantes, como um meia que chega ao ataque. Mas, claro, com liberdade para buscar as pontas quando necessário.
Em entrevista após a vitória sobre o Paraná, no fim de semana, Cuca deu pistas de que pode mudar a posição do jogador, que entrou na segunda etapa e foi um dos destaques do jogo. Em caso de sucesso, a iniciativa ajudaria a solucionar o principal problema do atual elenco: a falta de criação. Sem Carlos Sánchez, o time ainda não encontrou um substituto à altura.
"Eles (Rodrygo e Arthur Gomes) não são meias clássicos, mas são muito bons para jogarem só na ponta. O futebol brasileiro pede isso. Neymar joga no lado, mas joga bem igual no meio. Esta versatilidade temos de trabalhar em um menino de 17 anos. O quanto ele não vai evoluir? No Real, vai ser o atacante, joga na esquerda, na direita e também na meia. É nossa obrigação", disse Cuca.
Utilizar Rodrygo como um meia mais agressivo, assim como é Sánchez, seria uma alternativa a mais ao setor de criação do Santos, que tem menos opções que o recheado setor de ataque. Transformar o jovem de 17 anos em um centroavante, assim como fez com Jesus, não faz tanto sentido no momento, uma vez que Gabigol está em alta e assumiu a posição.
Com a possível ausência de Carlos Sánchez (lesão na coxa) no clássico de domingo (16), contra o São Paulo, na Vila Belmiro, a ideia de Cuca pode já ser testada desde o início. Se der certo, seria mais uma aposta bem-sucedida do treinador que gosta de arriscar e fugir do padrão.
Fase de Rodrygo contrasta com a do time
Uma possível mudança de posição serviria para Cuca também recuperar Rodrygo, que atualmente não vive a melhor de suas fases. Ele marcou apenas um gol com o novo treinador, em 11 jogos, enquanto com Jair Ventura foi às redes nove vezes em 32 partidas.
Mas se por um lado o desempenho de Rodrygo caiu com Cuca, o time faz caminho totalmente inverso. Já são sete jogos sem levar gols, oito partidas sem derrotas e a segunda melhor campanha do segundo turno do Campeonato Brasileiro – com 11 pontos em cinco partidas.
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