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Vasco volta a conviver com rescisões na Justiça após "boom" na era Dinamite

Wagner obteve rescisão com o Vasco através da Justiça do Trabalho - Carlos Gregório Júnior / Flickr do Vasco
Wagner obteve rescisão com o Vasco através da Justiça do Trabalho Imagem: Carlos Gregório Júnior / Flickr do Vasco

Bruno Braz

Do UOL, no Rio de Janeiro

12/09/2018 04h00

A rescisão de contrato de Wagner através da Justiça de Trabalho marcou uma nova era de rupturas por vias judiciais que, nos últimos anos, tiveram seu “boom” na gestão Roberto Dinamite no Vasco. Além do meia, tomaram também o caminho dos tribunais somente nesta temporada os companheiros de posição Escudero e Andrezinho.

O auge dos litígios por conta de atrasos salariais ou no recolhimento de FGTS’s aconteceu entre 2012 e 2013, quando ao menos nove jogadores acionaram a Justiça, segundo o levantamento do UOL Esporte.

Entre eles, alguns nomes conhecidos como Felipe, Fernando Prass, Nilton e Bernardo - este último que, posteriormente, retirou a ação, e foi emprestado ao Santos.

No fim do ano passado, ainda na gestão Eurico Miranda, Anderson Martins também alegou atrasos em seus vencimentos para rescindir com o Vasco. O zagueiro, hoje no São Paulo, cobrava os salários de novembro, 13º, férias e parcelas do FGTS, mas chegou a um acordo com o então presidente para assinar a rescisão sem precisar entrar na Justiça do Trabalho contra o clube. Na ocasião, o jogador abriu mão de boa parte das dívidas.

Vasco irá recorrer contra Wagner

Em nota oficial desta terça-feira (11), o Vasco informou ter feito um acordo com a Caixa Econômica Federal para pagamento parcelado dos meses de atraso no FGTS antes da ação de Wagner. O clube, então, conclui que não possui dívida neste sentido com o jogador. Diante disso, o Cruzmaltino já informou que irá recorrer da decisão em primeira instância.

Paralelamente, a CBF publicou em seu Boletim Informativo Diário (BID) a rescisão de Wagner com o Vasco cumprindo a determinação judicial.

Diretor-executivo de futebol do Vasco, Alexandre Faria acredita que o clube esteja com a razão no caso:

"O Vasco entende que ele está absolutamente regularizado. Na minha visão está mesmo, mas não sou advogado e isso não é competência do departamento de futebol. Por aqui estamos focados em quem está comprometido com o clube".

Confira abaixo algumas das rescisões na Justiça dos últimos anos:

Fernando Prass (2012)

Nilton (2012)

Bernardo (2012) – Retirou a ação posteriormente e retornou ao clube

Auremir (2012)

Felipe (2013)

Matheus Índio (2013) – Fez acordo posteriormente e retornou

Jonas (2013)

Thiago Feltri (2013)

Anderson Martins* (2017) – Rescindiu por atrasos nos vencimentos, mas fez acordo com a diretoria

Escudero (2018)

Andrezinho (2018)

Wagner (2018)