Barbieri reclama da falta de treinos, mas teve tempo e Fla piorou após Copa
Um dos pontos levantados pelo técnico Maurício Barbieri em justificativa ao desempenho do Flamengo no empate sem gols com o Corinthians foi a falta de tempo para treinar. A resposta veio em uma das muitas perguntas sobre a ausência de alternativas em uma equipe que tem se tornado previsível. Apenas contra os paulistas, o Rubro-negro tentou a bola alta na área em 49 oportunidades.
As ausências de triangulações, ultrapassagens e jogadas individuais incomodam. De fato, somente nos treinamentos o comandante pode testar e trabalhar possibilidades. Mas também é denominador comum que o Flamengo piorou em todos os aspectos do time após a Copa do Mundo. Foi durante o Mundial, inclusive, que Barbieri teve o tempo necessário para treinar e exaltou tal fato em algumas oportunidades.Entre 25 de junho - data da reapresentação após 11 dias de férias - e 17 de julho, o elenco realizou 21 sessões de trabalho no Ninho do Urubu, com dois jogos-treino. Diversas atividades foram cumpridas, inclusive com alguns treinos em tempo integral.
Naquele momento, o Flamengo havia perdido Vinicius Júnior. Três reforços chegaram na janela: Uribe (26 de junho), Vitinho (30 de julho) e Piris da Motta (6 de agosto). O último foi o único não inscrito na Copa do Brasil por conta do prazo.
E justamente quando se esperava um Flamengo imponente por conta da então liderança do Campeonato Brasileiro e da prometida força na busca por títulos, uma face inesperada da equipe para o momento se apresentou ao torcedor. O Rubro-negro já sofreu mais derrotas depois da Copa do que no primeiro semestre. Número que pega carona em uma defesa que deixou de ter solidez e no ataque que sofre na falta de alternativas.
É verdade também que desde a retomada da temporada, o Flamengo faz um jogo em média a cada três dias. Por isso, Barbieri vibra com a próxima semana. Depois do clássico de sábado (15) contra o Vasco, o Rubro-negro só entrará em campo novamente no dia 23, diante do Atlético-MG, no Maracanã. Ou seja, pelo menos seis dias seguidos de treinamentos. É justamente aí que reside a esperança do técnico em remontar e criar alternativas na equipe carioca.
“Os adversários jogam muito fechados contra o Flamengo e fica difícil circular. Buscamos variações de jogadas. Sabemos que precisamos melhorar e temos pouca margem para corrigir o que é necessário. São 54 dias sem uma semana cheia para trabalhar. Pensamos no Vasco. Depois, teremos uma semana. Tentaremos achar soluções nesse tempo”, comentou Maurício Barbieri.
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