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Demitido, Barbieri diz que decisões da diretoria influenciaram no Fla

Maurício Barbieri deixou o comando do Flamengo após eliminação na Copa do Brasil - Thiago Ribeiro/AGIF
Maurício Barbieri deixou o comando do Flamengo após eliminação na Copa do Brasil Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Do UOL, no Rio de Janeiro

04/10/2018 19h22

Demitido do Flamengo na última semana, o técnico Maurício Barbieri falou sobre os problemas enfrentados no clube e as decisões da direção em entrevista à Espn. Apesar de já ter comentado sobre o fato ainda quando era o comandante do time, ele deixou claro que a ideia de não priorizar nenhuma competição foi da diretoria.

O Rubro-negro escalou força máxima no Campeonato Brasileiro, na Copa Libertadores e na Copa do Brasil. Terminou eliminado das duas últimas e despencou na tabela da competição por pontos corridos. A chance de ser campeão ainda existe, mas pelo cenário apresentado a possibilidade se mostra improvável.

“Foi uma decisão institucional, vindo da direção. O clube entendia que não deveria priorizar nenhuma delas, que era importante brigar nas três frentes. Claro que era preciso fazer ajustes. Em função das condições físicas dos jogadores, optamos por escalar a melhor equipe. O fato de não priorizar não quer dizer que tenha sido sempre a melhor equipe. É uma discussão que tem precisa ser mais profunda: não há receita ou fórmula de sucesso, porque cada equipe faz suas escolhas. O Flamengo não tinha certeza absoluta de sucesso ao optar pelo caminho, nem outra equipe teria”, afirmou.

Questionado se o Rubro-negro possuía elenco para brigar pelos três títulos, Barbieri respondeu. “Tinha um elenco qualificado. Tivemos boas participações em todas as competições. Claro que gostaríamos de ter ido mais longe, mas acho que o Flamengo brigou de forma competente”, disse.

Maurício Barbieri ainda falou sobre o respaldo para escalar o time da forma como julgava ideal e também do aprendizado no tempo em que comando o clube mais popular do país.

“Sempre me senti muito à vontade em fazer as escolhas que fiz, em função de desgaste ou por opção técnica. A última palavra sempre foi minha. É claro que olhamos para trás quando acaba o trabalho e observamos pontos que poderiam melhorar. Não por lamentação ou remorso, mas para usar como fundamento para, no futuro, fazer escolhas ainda mais acertadas para entregar mais a um futuro clube que possa aparecer. Houve uma série de circunstâncias que influenciaram, questões que não envolvem o treinador: saída de jogador, jogador entrando no meio da temporada, convocações para seleção… Isso foge da alçada do treinador, mas sem dúvida influencia no todo”, encerrou.