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Caso Daniel: namorado e amigos da família querem se apresentar à polícia

Daniel participou da festa de aniversário de Allana  - Reprodução
Daniel participou da festa de aniversário de Allana Imagem: Reprodução

Adriano Wilkson

Do UOL, em São Paulo

04/11/2018 19h10

O inquérito que investiga a morte do jogador Daniel Corrêa deve ter um dia movimentado na próxima segunda-feira (5) quando três pessoas com suspeita de envolvimento no caso são esperadas para se apresentar à Polícia Civil do Paraná.

O UOL Esporte apurou que os três homens já pediram formalmente para se apresentar e esclarecer o grau de seu envolvimento no espancamento e morte do atleta, que tinha contrato com o São Paulo e foi encontrado morto, parcialmente degolado e sem o pênis na região metropolitana de Curitiba.

Já estão presos três suspeitos: Edison Brittes, conhecido como “Juninho Riqueza” (que confessou o crime), Allana Brittes, sua filha, que comemorava aniversário na véspera do assassinato, e Cristiana Brittes, esposa de Juninho.

Os novos suspeitos são: um rapaz que tem um relacionamento com Allana, o primo dele e um parente da família Brittes, que mora em Foz do Iguaçu (PR). Os três estavam na casa onde a família fazia um after party em comemoração ao aniversário de 18 anos de Allana e onde Daniel começou a ser espancado. O UOL Esporte apurou que uma testemunha-chave identificou à polícia ao menos dois deles como coautores do assassinato do jogador.

Cerca de dez pessoas estavam presentes no momento do crime.

Robson Domacoski, advogado de defesa de dois dos rapazes, afirmou que eles estão dispostos a colaborar com a Justiça e com a elucidação do caso. Ele preferiu não revelar a identidade de seus clientes para preservá-los.

Na semana passada Amadeu Trevisan, o delegado que coordena as investigações, já tinha mencionado a existência de mais três suspeitos, que deveriam ter mandado de prisão decretado nos próximos dias. A defesa deles se antecipou e decidiu apresentá-los espontaneamente, o que não impede de eles terem a prisão pedida após darem depoimento. Seus advogados já contam com essa possibilidade. 

Outro depoimento esperado é o de Cristiana. Ela deve corroborar a versão do marido, que disse ter cometido o crime para evitar que Daniel a estuprasse.

Em vídeos gravados na semana passada, as versões de Juninho e Allana apresentaram detalhes contraditórios. O discurso também entrou em xeque após a divulgação de conversas de WhatsApp, nas quais Allana tenta encobrir o crime à família de Daniel.

Claudio Dalledone Júnior, que coordena a defesa da família Brittes, afirmou que pai, mãe e filha devem “oficializar” sua versão dos fatos à polícia na segunda.