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Abad faz "vaquinha" para pagar prêmio e diminuir insatisfação no Flu

Mailson Santana/Fluminense
Imagem: Mailson Santana/Fluminense

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

18/11/2018 04h00

A cobrança do elenco do Fluminense pelo pagamento de salários atrasados fez com que a cúpula tricolor corresse em busca de algum dinheiro para minimizar a insatisfação geral. A ideia é pagar o popular "bicho" aos atletas em caso de vitória no próximo jogo pelo Campeonato Brasileiro.

Por iniciativa própria, o presidente Pedro Abad procurou tricolores abastados para levantar alguma quantia. Até o momento, R$ 150 mil foram arrecadados e a ideia é a de que - em caso de vitória - o dinheiro seja dividido depois do jogo de segunda-feira diante do Ceará, às 20h (horário de Brasília), no Maracanã. A dívida com o elenco passa da casa dos R$ 10 milhões.

Entre os doadores estão apoiadores da gestão, casos dos vice-presidentes Ronaldo Barcellos (comercial) e Daniel Kalume (jurídico), e Ricardo Tenório, ex-vice de futebol do clube e integrante de um dos principais grupos oposicionistas.

As pendências extracampo e os resultados dentro das quatro linhas aumentam a temperatura no Tricolor. Após a derrota para o Palmeiras, na última quarta-feira (14), o diretor de futebol Paulo Angioni foi cobrado por conta dos cinco meses de direitos de imagem e dois de carteira em atraso.

No vestiário do Allianz Parque, o dirigente reuniu o grupo para tentar levantar o astral após mais um tropeço, mas o atacante Marcos Jr. fez a cobrança diante do elenco, o que fez o clima ficar mais quente.

Havia uma expectativa de que parte dos débitos seria quitada antes do jogo em São Paulo, mas os jogadores não viram o dinheiro cair em suas contas. Angioni era o único representante da direção do futebol no vestiário, e coube a ele tentar contornar a insatisfação.

A direção do futebol espera conseguir pagar uma parte dos atrasados até a próxima segunda-feira, mas a insatisfação é evidente e tensiona o ambiente em um momento decisivo da temporada.