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Landim minimiza figura de diretor executivo e terá comitê no futebol do Fla

O executivo Rodolfo Landim foi eleito presidente do Flamengo no último sábado (8) - Sttaff Images / Flamengo
O executivo Rodolfo Landim foi eleito presidente do Flamengo no último sábado (8) Imagem: Sttaff Images / Flamengo

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

12/12/2018 04h00

O comando do futebol no Flamengo na futura gestão Rodolfo Landim se desenha diferente daquele sob o comando de Eduardo Bandeira de Mello. Sai a figura central do diretor executivo e entra um comitê para dar sustentação ao vice da pasta Marcos Braz, responsável por centralizar as decisões.

O comitê terá cinco integrantes e se reportará ao mandatário. Além do próprio Marcos Braz e do vice de relações externas Luiz Eduardo Baptista, o Bap, três integrantes figuram no processo: Dekko Roisman, Diogo Lemos e Fábio Palmer. Eles são ligados, respectivamente, aos grupos políticos FlaFut, Sinergia e Ideologia.

A ideia da nova diretoria é a de que as indicações de reforços partam de quem tem compromisso direto com o clube, de forma a minimizar os erros. Os dirigentes acreditam que o modelo, utilizado no primeiro mandato de Eduardo Bandeira de Mello, possa auxiliar o trabalho de Marcos Braz, que fará as negociações. 

A nova diretoria reprova a centralização do processo em apenas uma pessoa. No caso, o diretor executivo. Esse posto, inclusive, existe no organograma, mas com funções reduzidas e sem interferência na questão de mercado.

O executivo na gestão Landim, em tese, terá a responsabilidade de fiscalizar os processos no departamento de futebol, acompanhar os setores de análise e funcionar como uma espécie de ponte entre treinador, direção e elenco.

O panorama é diferente do que o Flamengo viveu nos últimos anos de Bandeira, quando o executivo de futebol tinha plenos poderes. Contratava, vendia, multava e escolhia até jogadores que concediam entrevistas. Ou seja, comandava todo o departamento. 

Essa, inclusive, era uma das principais críticas direcionadas ao hoje executivo do Inter, Rodrigo Caetano. Com a sua saída, Carlos Noval assumiu o cargo, mas ficou em segundo plano com o protagonismo de Ricardo Lomba, candidato derrotado por Landim nas urnas.

No novo Flamengo, Marcos Braz comandará o futebol, mas terá o suporte do comitê. Algo diferente do que o torcedor se acostumou a ver recentemente. O futuro dirá se a iniciativa terá o sucesso sonhado pelos dirigentes.