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Ronaldinho se cala sobre problemas na Justiça: "Não tenho nada a declarar"

Vito Gemaque
Imagem: Vito Gemaque

Vito Gemaque

Colaboração para o UOL, de Belém (PA)

14/12/2018 22h12

Ronaldinho Gaúcho concedeu entrevista coletiva em um shopping de Belém, nesta sexta-feira (14), mas se calou sobre os problemas com a Justiça do Rio Grande do Sul. O irmão e empresário dele, Assis, também foi para a capital paraense e está na mesma situação do ex-jogador.

"Não tenho nada a declarar", disse o ex-meia.

Ronaldinho preferiu comentar sobre outros assuntos, como seu jogo de despedida e a rivalidade pelos clubes por onde passou. O camisa 10 falou que ainda não tem um local escolhido para fazer uma última partida e que recebeu convite das suas ex-equipes. 

"Todos os lugares que passei pedem para eu voltar e fazer um jogo de despedida. Não sei qual vai ser a data, mas vai ser no próximo ano. Quero convidar amigos que tive oportunidade de jogar, pessoas especiais e outros que não joguei para participar deste último momento", disse.

Em Belém, Ronaldinho participa na tarde deste sábado (15) de partida de futsal de exibição no Ginásio Mangueirinho, com convidados como o lutador do UFC Michel Trator e ex-jogadores do Paysandu, entre eles Zé Augusto, Vandick e Júnior Amorim. Depois da partida, o ex-meia será o anfitrião da "Balada do Ronaldinho" em uma casa de show de Belém.

Problemas com a Justiça

Na última segunda-feira (10), a Justiça negou o pedido de liminar ingressado por Ronaldinho solicitando a devolução do passaporte dele e de Assis. O habeas corpus tramitava no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e o ministro relator, Francisco Falcão, entendeu que a defesa não conseguiu comprovar que a entrega do passaporte é um flagrante desrespeito de um direito de Ronaldinho Gaúcho.

A retenção do documento foi determinada em 31 de outubro pela Justiça porque o ex-meia não cumpriu uma sentença judicial de fevereiro de 2015. 

Cabe ressaltar que a Justiça não avaliou se o pedido de Ronaldinho tem ou não fundamento. O relator entendeu que não há indício claro de que estão ignorando um direito do ex-atleta e que aguardar mais alguns dias por uma decisão não causará dano irreparável.

O ex-atleta estava em Tóquio quando a ordem de entrega do passaporte ocorreu e viajou em compromissos com patrocinadores até o último final de semana. Retornou ao Brasil porque tinha o lançamento de um aplicativo de notícias sobre ele e a participação em um amistoso na cidade de São Paulo. Na chegada ao país, ele precisou deixar o passaporte no controle de imigração.

Antes da volta ao Brasil, Ronaldinho entrou com um pedido de habeas corpus no STJ alegando que a medida desrespeitava seu direito de ir e vir. Chamado a se manifestar, o Ministério Público negou esta tese e defendeu que era uma atitude necessária porque o ex-jogador teria "ridicularizado a Justiça".